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Política

- Publicada em 25 de Abril de 2019 às 03:00

Carlos deixa de atender o pai durante crise com vice

Desde que passou a tornar explícitos os ataques ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) não apenas ignorou os apelos para que interrompesse a artilharia virtual como tem se recusado a atender aos telefonemas do pai.

Desde que passou a tornar explícitos os ataques ao vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) não apenas ignorou os apelos para que interrompesse a artilharia virtual como tem se recusado a atender aos telefonemas do pai.

Carlos passou o feriado estendido da Semana Santa em um de seus destinos preferidos. O segundo filho mais velho de Jair Bolsonaro (PSL) praticava disparos em um clube de tiro em Santa Catarina à medida que se agravava a crise deflagrada pela ordem do presidente, no último domingo, para retirar do ar um vídeo em que o ideólogo de direita Olavo de Carvalho fazia críticas a militares, publicado no canal do YouTube do chefe do Executivo.

Ao atender ao apelo da ala militar, ordenar a retirada do vídeo e dizer, em nota na segunda-feira, que as críticas de Olavo "não contribuem" com o governo, Bolsonaro irritou o filho. Desde então, Carlos passou a não atender a ligações, e foi além. Dono das senhas dos perfis do pai, o vereador tem impedido o acesso do presidente à sua conta no Twitter, como informou a coluna de Guilherme Amado no site da revista Época. O perfil do presidente ficou três dias (entre a noite de domingo e a de terça-feira) sem publicar nada. Nesta quarta-feira à noite, um post cumprimentou um pastor evangélico amigo da família.

Durante o feriado, Bolsonaro chegou a pedir ajuda a um amigo da família de longa data para tentar acalmar o filho. Outro interlocutor próximo do vereador também relatou dificuldade de manter contato com o parlamentar nos últimos dias, apesar de Carlos estar ativo nas redes sociais.

Nesta quarta-feira, ele já estava de volta ao Rio para dar expediente na Câmara de Vereadores, após o feriado prolongado. Na internet, continuou os disparos sem tréguas a Mourão. Ele começou o dia afirmando que o vice tem "alinhamento com políticos que detestam o presidente", compartilhando uma notícia em que Mourão presta solidariedade ao ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), quando este decidiu renunciar e sair do País por se sentir ameaçado.

Carlos seguiu o dia republicando notícias e comentários críticos ao vice. À noite, divulgou um vídeo com o título "General Mourão: o traidor?". Entre a noite da última segunda-feira e a noite de quarta, de 14 publicações de Carlos no Twitter, apenas uma não tinha como alvo o vice-presidente.

Perguntado nesta quarta-feira sobre os ataques, Mourão disse que considera o assunto "página virada".

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