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Política

- Publicada em 29 de Março de 2019 às 03:00

Vélez Rodriguez é 'novo no assunto', diz Bolsonaro

Ministro da Educação sofre desgaste desde o início da administração

Ministro da Educação sofre desgaste desde o início da administração


/CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Um dia depois de afirmar que "tem coisas a resolver" no Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou que tenha pedido a exoneração do titular da pasta, o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez. "Ele tem problemas sim, ele é novo no assunto. Não tem o tato político, vou conversar com ele e tomar as decisões que tem que tomar", afirmou.

Um dia depois de afirmar que "tem coisas a resolver" no Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou que tenha pedido a exoneração do titular da pasta, o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez. "Ele tem problemas sim, ele é novo no assunto. Não tem o tato político, vou conversar com ele e tomar as decisões que tem que tomar", afirmou.

Bolsonaro não respondeu se Vélez permanecerá no cargo, mas disse apenas que não demitiria nenhum de seus auxiliares por telefone. "Olha, eu estava em São Paulo na quarta-feira, estou tomando o pé da situação. Não procede a informação que ele teria sido exonerado, jamais iria exonerar alguém por telefone. Já estávamos conversando com outros ministros. É educação, né? Tem que dar certo no Brasil, é um dos ministérios mais importantes", afirmou.

Em entrevista à TV Bandeirantes, na quarta-feira, Bolsonaro disse que conversaria com Vélez quando voltasse de Israel, para onde embarca no sábado. "Falo com todos ministros. Quando eu voltar de Israel, tem uma fila de ministros para falar comigo. O ministério que teve algum ruído no passado, sempre a gente busca conciliar e acertar, e estamos continuando nessa linha", disse. Questionado sobre se Vélez permanecerá no cargo, Bolsonaro respondeu que "não ameaçaria nenhum ministro publicamente". "Vamos conversar e, se tiver qualquer coisa que não esteja dentro da normalidade, a gente acerta", resumiu.

O processo de desgaste de Ricardo Vélez à frente do Ministério da Educação ganhou força na quarta, após declarações do presidente. "Temos que resolver a questão da educação. Realmente não estão dando certo as coisas lá, é um ministério muito importante", afirmou Bolsonaro.

Indicado pelo guru da direita Olavo de Carvalho, o ministro da Educação sofre um período de desgaste desde o primeiro mês de governo. Em janeiro, o ministro recuou sobre mudanças em edital de compra de livros que suprimia o compromisso com a agenda da não violência contra mulheres e permitia obras sem referências e com erros. Em fevereiro, o MEC enviou carta a escolas com slogan da campanha de Bolsonaro e pedido de filmagem de alunos cantando o hino. O episódio causou grande desgaste e provocou novo recuo.

Um novo capítulo da crise começou no dia 8 deste mês, com uma dança de cadeiras e críticas de Olavo no Twitter ao ministro e integrantes do MEC. Nos bastidores do governo, a saída de Vélez é vista como certa, mas auxiliares ponderam que isso não deve acontecer esta semana.

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