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Política

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2019 às 08:09

Nova Lava Jato prende Paulo Preto, acusado de operar propina para PSDB

Ex-diretor da Dersa é acusado de ser operador do PSDB e suspeito de operar propinas da Odebrecht

Ex-diretor da Dersa é acusado de ser operador do PSDB e suspeito de operar propinas da Odebrecht


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) mais uma fase da Operação Lava Jato e prendeu Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, suposto operador do PSDB e suspeito de operar propinas da Odebrecht. 
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) mais uma fase da Operação Lava Jato e prendeu Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, suposto operador do PSDB e suspeito de operar propinas da Odebrecht. 
Batizada de Ad Infinitum, a fase também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador e chanceler Aloysio Nunes (PSDB). A Procuradoria acusa Paulo Preto de ter movimentado pelo menos R$ 130 milhões em contas na Suíça, entre 2007 e 2017. 
Em uma dessas contas, segundo o MPF, foi emitido um cartão de crédito em favor do ex-senador Aloysio Nunes, em dezembro de 2017 - que teria sido entregue a ele num hotel em Barcelona, na Espanha. Na época, Nunes era secretário da Casa Civil do governo de São Paulo, na gestão de José Serra (PSDB). O cartão foi emitido na semana entre o Natal e o Ano Novo.
As investigações são baseadas em informações e documentos colhidos no sistema de propinas da empreiteira Odebrecht. Paulo Preto é acusado de ter operado em favor da empreiteira, disponibilizando valores em espécie ao setor que comandava o pagamento de propinas.
Mas o ex-diretor da Dersa, segundo os investigadores, também recebeu valores em suas contas na Suíça das empreiteiras Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, igualmente investigadas na Lava Jato.
Para o procurador da República Júlio Noronha, ainda há "várias caixas-pretas que precisam ser abertas" pela Lava Jato. As contas de Paulo Preto na Suíça foram encerradas no primeiro trimestre de 2017, depois de o acordo da Odebrecht ter se tornado público.Em seguida, os valores foram transferidos para contas nas Bahamas.
Sua atuação como ex-funcionário no governo de São Paulo não é alvo da investigação desta terça, que se concentra em seu papel de operador da Odebrecht. 
No início deste mês, o Ministério Público Federalpediu à Justiça queo ex-diretor da Dersa seja condenado a cerca de 80 anos de prisão na primeira ação da Lava Jato de São Paulo. Nela, o ex-diretor é réu sob suspeita de peculato (desvio de dinheiro público), inserção de dados falsos em sistema de informação e formação de quadrilha.
A Procuradoria diz que ele desviou verbas públicas em reassentamentos de moradores para a construção do trecho sul do Rodoanel, obra viária que circunda a capital paulista. O valor é de R$ 7,7 milhões e, corrigido, ultrapassa R$ 10 milhões.
Ele teria beneficiado, segundo a denúncia, quatro empregadas suas com unidades da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e auxílios-mudança, que deveriam ir para os atingidos pela obra.
A prescrição de parte dos crimes atribuídos por delatores a Preto é dada como certa por investigadores do caso em São Paulo. Isso porque ele completa 70 anos no dia 7 de março, daqui a quatro meses, e a possibilidade de que as apurações sobre o principal caso em que ele é citado avancem depende de documentos que ainda serão despachados pelo Supremo Tribunal Federal.
Folhapress
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