Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 31 de Janeiro de 2019 às 22:26

Leite anuncia calendário de pagamento

Governador mantém promessa de colocar salários em dia ainda no primeiro ano

Governador mantém promessa de colocar salários em dia ainda no primeiro ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Suptitz
O salário de janeiro dos servidores estaduais será pago parceladamente ao longo de cinco dias. O pagamento se iniciou nesta quinta-feira com 36,4 mil vínculos que recebem até R$ 1.100,00 líquidos. O restante será pago nos dias 11, 12, 13 e 14 de fevereiro. O calendário foi apresentado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em coletiva nesta quinta-feira ao lado do secretário da Fazenda Marco Aurelio Cardoso.
O salário de janeiro dos servidores estaduais será pago parceladamente ao longo de cinco dias. O pagamento se iniciou nesta quinta-feira com 36,4 mil vínculos que recebem até R$ 1.100,00 líquidos. O restante será pago nos dias 11, 12, 13 e 14 de fevereiro. O calendário foi apresentado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) em coletiva nesta quinta-feira ao lado do secretário da Fazenda Marco Aurelio Cardoso.
Em "respeito aos servidores", Leite disse que irá informar, sempre no último dia útil de cada mês, o calendário de pagamento dos salários, que poderá variar a cada mês. Apesar de falar por quase uma hora sobre a indisponibilidade de recursos extras no caixa do Estado e apresentar os números que representam as dívidas do Estado, o governador diz manter em pé a promessa da campanha de colocar o pagamento dos servidores em dia até o fim do ano.
A situação fiscal do Estado também foi detalhada pelo gestor. Apontando que o orçamento total das despesas correntes supera a receita em quase 9% no projetado para 2019, Leite elencou os "desafios" que deverá enfrentar ao longo da sua gestão - que acabou de encerrar apenas o primeiro mês.
Nessa conta, que representa o potencial tamanho da dívida e não necessariamente o que o Estado terá que desembolsar de fato nos próximos anos, estão os restos a pagar de 2018 (R$ 1,5 bilhão), despesa corrente da dívida com a União para o ano de 2019 (R$ 3,6 bilhões) e despesa com precatórios (R$ 1,9 bilhão).
Esses valores foram apresentados como déficit atual crônico, ao qual se acrescenta o valor que deixou de ser pago da dívida com a União entre 2017 e 2018 (R$ 4,2 bilhões), suspenso devido a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a diferença do valor pago a menor das parcelas da dívida devido ao descumprimento do teto de gastos (R$ 6,5 bilhões), além do pagamento de outras dívidas, (R$ 4,4 bilhões). Na conta do governo, todos esses valores se somam para compor um potencial déficit para 2019 de R$ 22,1 bilhões.
"Não se pode deixar de comunicar que tem valores imensos em jogo", argumentou Cardoso,após a apresentação, justificando a divulgação de dados que talvez não comprometam as contas públicas imediatamente. Um exemplo é a suspensão do pagamento da dívida com a união, que já é motivo de mobilização do governador com o ministro Marco Aurélio de Mello do STF para estender o efeito da liminar. Outro é o descumprimento do teto de gastos, que passará por avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional.
"Essas coisas não se resolvem sozinhas", ponderou Leite. No caso da liminar, disse que a negociação para manter o pagamento suspenso "demanda esforço de demonstração de ações concretas de ajuste nas contas do Estado". Para isso, falou de "uma agenda comprometida com a reestruturação do Estado", antecipando que enviará um pacote para a Assembleia Legislativa apreciar, com propostas que vão desde privatizações até mudança na carreira dos servidores.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO