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Política

- Publicada em 03 de Janeiro de 2019 às 22:47

Mônica Leal é empossada presidente da Câmara

Parlamentar do PP, Mônica lembrou o começo de sua trajetória no gabinete do pai, Pedro Américo Leal, no início da década de 1990

Parlamentar do PP, Mônica lembrou o começo de sua trajetória no gabinete do pai, Pedro Américo Leal, no início da década de 1990


/MARCO QUINTANA/JC
Diego Nuñez
"Como filha de bom soldado, cumpro minha missão", discursou Mônica Leal (PP), logo após assinar o termo que definitivamente a empossava presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Até então vice-presidente da casa, a vereadora da base do governo Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ficará encarregada de conduzir os trabalhos parlamentares e fazer a articulação entre os poderes Executivo e Legislativo.
"Como filha de bom soldado, cumpro minha missão", discursou Mônica Leal (PP), logo após assinar o termo que definitivamente a empossava presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Até então vice-presidente da casa, a vereadora da base do governo Nelson Marchezan Júnior (PSDB) ficará encarregada de conduzir os trabalhos parlamentares e fazer a articulação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Durante a fala de 13 minutos para amigos, políticos, militares e familiares, Mônica disse que o momento a "remete a 1993, quando comecei como assessora de assessora do gabinete do meu pai, vereador Pedro Américo Leal. Com ele, trabalhei por 12 anos, aprendendo a dinâmica de um gabinete parlamentar, do Legislativo e da política. Em 2004, ano de eleições municipais, Pedro Américo decidiu não mais concorrer, e deu a notícia ao vivo, dizendo que eu seria sua herdeira política".
A nova presidente do Legislativo sempre deixou muito claro que se espelha no pai, vereador de três mandatos que passou por Arena, PDS, PPR, PPB e PP, na sua maneira de fazer política, e reforçou isso em sua posse. Muito alegre tirando fotos com amigos e aliados antes e depois da cerimônia, Mônica comentou sobre este "dia muito importante, que representa um grande desafio, mas um caminho natural da minha trajetória".
Quarta mulher a presidir o parlamento da Capital durante seus 245 anos de história, ela destacou a importância de ser "a primeira representante feminina do meu partido a compor a Mesa Diretora e a ser eleita presidente e também a primeira vereadora de um partido de direita a presidir este Legislativo". As outras três presidentes da história do Parlamento eram vereadoras petistas.
Entre as autoridades presentes na solenidade, talvez a de maior destaque tenha sido a do recém empossado governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Não é fato comum a presença de Executivos estaduais em posses do Legislativo porto-alegrense, mas Leite acredita que "todos os gaúchos têm expectativas nos debates que se tratam nesta Casa, sobre de que forma a Capital do nosso Estado se apresentará para a nossa nação, por seu significado, pelo seu símbolo".
Além desse aspecto, o novo governador destacou a aliança histórica que o seu partido tem com o partido de Mônica: "o PSDB sempre trabalhou muito próximo com o PP. Aqui, o vice-prefeito do Nelson Marchezan é do Partido Progressista. O PP esteve conosco desde o primeiro turno da eleição. É um partido forte, com grandes talentos, que dá uma grande colaboração - seja no município, seja no Estado".
Outra importante presença na posse, o prefeito Marchezan saudou a presidência de sua aliada, e aproveitou a oportunidade para celebrar as divergências em sua polêmica relação com a Câmara. "É de se desconfiar daquele prefeito que aprova todos os projetos do Executivo durante quatro anos. Regra geral, esses exemplos não fizeram bem a nossa República. Eu quero saudar aqui as boas, construtivas e leais divergências existentes entre todos os poderes no nível estadual, federal e, principalmente, municipal".
Correligionário de Mônica, o senador eleito com maior número de votos no Estado, Luis Carlos Heinze (PP) disse que "é um orgulho para nós, Progressistas, o legado da família de Pedro Américo Leal, assumindo a Mônica a presidência da Câmara. Porto Alegre precisa crescer e se desenvolver. A Mônica irá ajudar muito o prefeito Marchezan".
Muitos vereadores estiveram presentes na cerimônia, inclusive a oposição, ao contrário do que aconteceu em Brasília, em um cenário menos radicalizado do que a posse de Jair Bolsonaro (PSL).
Líder da oposição a Marchezan, Roberto Robaina (PSOL) lembrou que a Mesa Diretora, formada por três vereadores da base de Marchezan e quatro independentes, "não foi formada de modo proporcional. A oposição foi excluída da administração da Câmara. Nós achamos isso um erro, pois ela tem que representar o conjunto da população da cidade. Portanto, tem que ser proporcional".
 
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