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Transição no Planalto

- Publicada em 02 de Janeiro de 2019 às 01:00

Jair Bolsonaro é empossado como presidente do Brasil

Em seu primeiro discurso, Bolsonaro tem aceno à base e ênfase ao livre mercado

Em seu primeiro discurso, Bolsonaro tem aceno à base e ênfase ao livre mercado


EVARISTO SA/AFP/JC
Em seu primeiro discurso como presidente, já empossado, Jair Bolsonaro (PSL) pregou um pacto com a sociedade e fez acenos à sua base eleitoral ao fazer críticas ao que chama de ideologias, Bolsonaro também defendeu união, reconstrução do País, compromisso com uma sociedade sem discriminação e falou em revigorar a democracia.
Em seu primeiro discurso como presidente, já empossado, Jair Bolsonaro (PSL) pregou um pacto com a sociedade e fez acenos à sua base eleitoral ao fazer críticas ao que chama de ideologias, Bolsonaro também defendeu união, reconstrução do País, compromisso com uma sociedade sem discriminação e falou em revigorar a democracia.
"Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na busca de novos caminhos para um novo Brasil. Uma de minhas prioridades é proteger e revigorar a democracia brasileira trabalhando arduamente para que ela deixe de ser apenas uma promessa formal e distante, e passe a ser um componente substancial e tangível da vida política brasileira com respeito ao Estado Democrático", disse.
Bolsonaro falou por 10 minutos em cerimônia no Congresso Nacional, após assinar o termo de posse. Seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), também foi empossado. Ambos juraram cumprir a Constituição e as leis.
No discurso, Bolsonaro disse que seu governo realizará "reformas estruturantes que serão essenciais para a saúde financeira e a sustentabilidade das contas públicas", afirmou. "Na economia, traremos a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. (...) As regras, os contratos e as propriedades serão respeitados."
O presidente disse que o setor agropecuário terá harmonia com a preservação do meio ambiente e que o setor produtivo como um todo será mais eficiente com menos regulamentação e burocracia.
Bolsonaro pregou contra a ideologia, colocando-a ao lado de outras mazelas, como corrupção e criminalidade. Ao falar em educação, defendeu que as escolas preparem os filhos "para o mercado de trabalho, e não para a militância política". Já em relação ao comércio exterior, prometeu não ter viés ideológico.
Também defendeu a posse de armas. "O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou nas urnas pelo direito à legítima defesa", disse. Jair Bolsonaro prometeu que o País não gastará mais do que arrecada e que fará reformas, mas não mencionou a Previdência.

Ao receber faixa, Bolsonaro repete motes de campanha

Às 17h de ontem, o ex-presidente Michel Temer (MDB) transmitiu a faixa presidencial para o novo presidente, Jair Bolsonaro (PSL), que subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de sua mulher Michelle e do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). 
Em um discurso com vários acenos à base de eleitores que ajudou a elegê-lo e sem tocar no tema de união nacional, o presidente Bolsonaro disse que vai atender aos pedidos de mudança revelados pelas urnas e trabalhar para colocar o Brasil no "lugar de destaque que ele merece no mundo".
Do parlatório, o 38º presidente da República prometeu que vai lutar contra o modelo de governo de "conchavos e acertos políticos", e libertar a Nação "da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto".
Diante da ovação do público presente que o saudava a gritos de "mito", Bolsonaro, que chegou a fazer uma pausa e abanar uma bandeira do Brasil, falou em acabar com a ideologia que, em sua visão, "defende bandidos e criminaliza policiais", divide os brasileiros, é ensinada nas escolas e passou a guiar as relações internacionais.
"Me coloco diante da Nação no dia em que o povo começou a se libertar do socialismo", disse o presidente. "Guiados pela Constituição, com a ajuda de Deus, a mudança será possível", disse o eleito, citando o baixo orçamento de sua campanha eleitoral como uma prova de que as mudanças já começaram a ocorrer.
Em um último aceno à sua base eleitoral, Bolsonaro - que novamente citou o ataque sofrido durante a corrida eleitoral e a providência divina que o teria salvado - voltou a usar um slogan de campanha. "Nossa bandeira jamais será vermelha. Só será se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela", disse.
Em uma quebra de protocolo, a primeira-dama Michelle Bolsonaro discursou no parlatório antes do marido. Ela pronunciou seu discurso em libras, a língua de sinais brasileira, sendo traduzida por uma intérprete, em um aceno às pessoas com deficiência, que, segundo ela, terão atenção especial neste governo.