Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Transição no Planalto

- Publicada em 07 de Dezembro de 2018 às 01:00

Direitos Humanos ficará com assessora de Magno Malta

Damares afirmou que primeiro direito a ser protegido será 'à vida'

Damares afirmou que primeiro direito a ser protegido será 'à vida'


/VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), escolheu Damares Alves para o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos. A pasta vai abrigar a Fundação Nacional do Índio (Funai), que, hoje, está na Justiça. Trata-se da segunda mulher indicada para o primeiro escalão do próximo governo. Além de Damares, Bolsonaro confirmou a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), escolheu Damares Alves para o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos. A pasta vai abrigar a Fundação Nacional do Índio (Funai), que, hoje, está na Justiça. Trata-se da segunda mulher indicada para o primeiro escalão do próximo governo. Além de Damares, Bolsonaro confirmou a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura.
O anúncio da ministra foi feito pelo futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ao lado do deputado federal eleito Julian Lemos (PSL-PB), que foi por três vezes alvo da Lei Maria da Penha, acusado de agressão pela irmã e pela ex-mulher. 
Damares é advogada e, atualmente, está lotada como assessora no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES). O parlamentar capixaba é amigo de Bolsonaro e chegou a ser cotado para o Ministério da Cidadania, mas a ideia foi abandonada após críticas de apoiadores.
A indicação deixa de lado nomes apresentados pela bancada evangélica, que declarou apoio a Bolsonaro ainda durante a campanha e vinha se queixando de não ter pedido acolhido pelo eleito.
A futura ministra disse que vai trazer para o protagonismo mulheres que ainda não foram atingidas por políticas públicas e que vai fazer um amplo pacto pela infância, já que a Secretaria da Infância também vai integrar a pasta. "Infância vai ser prioridade neste governo, é intenção do presidente", disse Damares após ser anunciada como ministra.
Sem citar o aborto, Damares disse que o primeiro direito a ser protegido será o direito à vida. "Entendemos que o maior e o primeiro direito a ser protegido é o direito à vida, nós vamos trabalhar nessa linha", declarou. Damares garantiu, ainda, que "nenhum homem vai ganhar mais que mulher desenvolvendo a mesma função".

Histórico me qualifica para cuidar da Funai, diz futura ministra

Demarcação 'não vai ser uma decisão só dos Direitos Humanos', declarou Damares

Demarcação 'não vai ser uma decisão só dos Direitos Humanos', declarou Damares


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da transição de governo, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), anunciou, nesta quinta-feira, que a Fundação Nacional dos Índios (Funai) vai ser integrada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A advogada e pastora evangélica Damares Alves será responsável pela pasta.
"A minha história de luta com os povos indígenas me qualifica para estar cuidando também da Funai. Funai não é problema; o presidente só estava esperando o melhor lugar para colocar a Funai, e nós entendemos que é o Ministério dos Direitos Humanos, porque índio é gente, e o índio precisa ser visto de uma forma como um todo. Índio não é só terra, índio também é gente", disse Damares. Ela assessorou a CPI da Funai em 1991 e tem uma filha índia.
Declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), nos últimos dias, comparando a permanência de índios em reservas a animais em zoológicos, e o impasse para decidir o destino da Funai provocaram reação de representantes dos povos indígenas. Nesta quinta-feira, um grupo de índios foi até o centro de transição para entregar um documento ao presidente eleito pedindo que mantenha a Funai na estrutura do Ministério da Justiça. Segundo o porta-voz do grupo, Kretã Kayangang, a Justiça é a única pasta preparada para ficar com a Funai. "Nenhum ministério está preparado para lidar com conflitos fundiários, o único é o da Justiça", declarou.
A futura ministra disse que é preciso conversar muito sobre a demarcação de terras indígenas. O assunto já foi alvo de críticas de Bolsonaro, que prometeu não demarcar mais "nenhum centímetro" de terra indígena caso fosse eleito.
"Acredito que quando o presidente falou, ele tinha informações muito importantes para falar isso. Ele tinha embasamento. Eu, particularmente, questiono algumas áreas indígenas, mas vamos discutir, e sempre integrados com outros ministérios; não vai ser uma decisão só dos Direitos Humanos", declarou Damares.