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Transição no Planalto

- Publicada em 03 de Dezembro de 2018 às 22:40

Estrutura do novo governo terá 22 pastas

Nomes para Meio Ambiente e Direitos Humanos poderão ser divulgados nesta semana, prometeu Onyx

Nomes para Meio Ambiente e Direitos Humanos poderão ser divulgados nesta semana, prometeu Onyx


/PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS/JC
O ministro extraordinário da transição de governo e futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), confirmou ontem que a estrutura do novo governo contará com 22 ministérios.
O ministro extraordinário da transição de governo e futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), confirmou ontem que a estrutura do novo governo contará com 22 ministérios.
Em coletiva de imprensa realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição, o ministro apresentou o desenho do novo governo - que conta com sete pastas a mais do que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) prometeu durante a campanha - originalmente seriam 15 ministérios.
Até o momento, Bolsonaro anunciou 20 nomes e falta definir quem vai chefiar as pastas do Meio Ambiente e Direitos Humanos. Onyx disse que os nomes podem ser divulgados esta semana ou não.
Segundo Onyx, Damares Alvez é a mais cotada para a área de Direitos Humanos. Damares é advogada e trabalha como assessora no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), um dos políticos mais próximos de Bolsonaro na campanha e que foi derrotado nas eleições de outubro, quando disputou a reeleição.
De acordo com o ministro, a equipe de Bolsonaro começou a formular a estrutura em setembro do ano passado, sob comando de Abraham Weintraub, que vai assumir a secretaria executiva da Casa Civil.
Onyx disse ainda que o presidente eleito vem hoje a Brasília e começa a conversar com as bancadas dos partidos sobre "novo relacionamento" com o Congresso Nacional. "Amanhã (terça-feira) começamos a conversar com as bancadas para estabelecer com clareza a forma como vai ser o novo relacionamento. Todos vocês são testemunhas de aonde nos levou o presidencialismo de coalizão, o toma lá, dá cá", disse o futuro chefe da Casa Civil.
O ministro afirmou que não pode apresentar divisão por secretarias porque o ajuste fino é complexo.
Também ontem, Onyx afirmou, em entrevista à rádio Gaúcha, que o governo Bolsonaro (PSL) vai extinguir o Ministério do Trabalho. Segundo Onyx, as atribuições da pasta serão divididas entre Economia, Cidadania e Justiça. "O atual Ministério do Trabalho como é conhecido ficará uma parte no ministério do doutor (Sérgio) Moro, outra parte com (o deputado federal gaúcho) Osmar Terra (MDB) e outra parte com o Paulo Guedes, lá no Ministério da Economia, para poder tanto a parte do trabalhador e do empresário dentro do mesmo organograma", afirmou.
Trata-se de uma mudança em relação ao que foi afirmado pelo presidente eleito em novembro, que disse que a pasta seguiria com status de ministério.
Segundo ele, ficará sob a gestão de Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) a secretaria que trata de concessão sindical, assim como o combate ao trabalho escravo. "A parte de fiscalização vai lá junto para o Moro, se não me falha a memória. A princípio deve ficar também com doutor Moro."
Ainda de acordo com o ministro, as políticas públicas que tratam de emprego serão divididas entre o Ministério da Economia, para o qual foi escolhido Guedes, e Cidadania, que será assumido por Terra.
O relator da reforma trabalhista, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), é cotado para ocupar o cargo de secretário adjunto na Secretaria de Trabalho e Previdência, que também ficará dentro do ministério da Economia.

Primeiro escalão do governo Bolsonaro

Casa Civil: Onyx Lorenzoni (DEM)
Economia: Paulo Guedes
Gabinete de Segurança Institucional: General Augusto Heleno
Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes
Justiça: Sérgio Moro
Agricultura: Tereza Cristina (DEM)
Defesa: General Fernando Azevedo e Silva
Relações Exteriores: Ernesto Araújo
Banco Central: Roberto Campos Neto
Controladoria-Geral da União (CGU): Wagner Rosário
Saúde: Luiz Henrique Mandetta (DEM)
Advocacia-Geral da União (AGU): André Luiz de Almeida Mendonça
Secretaria-Geral da Presidência: Gustavo Bebianno (PSC)
Educação: Ricardo Vélez Rodríguez
Secretaria de Governo: General Carlos Alberto dos Santos Cruz
Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas
Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto
Cidadania: Osmar Terra (MDB)
Turismo: Marcelo Álvaro Antônio (PSL)
Minas e Energia: Almirante Bento Costa Lima
Meio Ambiente: a definir
Direitos Humanos: a definir