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Política

- Publicada em 22 de Novembro de 2018 às 17:06

Bancada evangélica promete barrar nomes de esquerda no governo Bolsonaro

Segundo Sóstenes Cavalcante, grupo resolveu vetou nome de Mozart Neves para a Educação

Segundo Sóstenes Cavalcante, grupo resolveu vetou nome de Mozart Neves para a Educação


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
A bancada evangélica da Câmara quer barrar todo e qualquer nome de esquerda no novo governo. Segundo um dos líderes do colegiado, o pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), ninguém que estiver alinhado com esse campo político poderá ocupar cargos na gestão de Jair Bolsonaro. Sob seu comando, o grupo já barrou uma indicação, nesta quinta-feira (22): a do diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves, cotado para assumir o Ministério da Educação.
A bancada evangélica da Câmara quer barrar todo e qualquer nome de esquerda no novo governo. Segundo um dos líderes do colegiado, o pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), ninguém que estiver alinhado com esse campo político poderá ocupar cargos na gestão de Jair Bolsonaro. Sob seu comando, o grupo já barrou uma indicação, nesta quinta-feira (22): a do diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves, cotado para assumir o Ministério da Educação.
Segundo Sóstenes, o grupo resolveu vetar o nome de Neves porque ele tem uma atuação de centro-esquerda, embora o próprio deputado reconheça se tratar de um bom quadro na área técnica. Mesmo que tenha conseguido impedir a nomeação de Neves, Sóstenes garante que até agora a equipe de Bolsonaro não pediu sugestões de outros nomes ao grupo.
"Não dá, ele tem um viés divorciado do que defendemos. Basta dar uma pesquisada. Quando ele foi reitor da Universidade Federal de Pernambuco trabalhou a ideologia de centro-esquerda. Agora quer posar de direita? Que vá para outro quintal. Não tem nada específico. Como técnico ele é muito bom, mas a prática é de centro-esquerda", avalia Sóstenes.
O pastor conta que os evangélicos já estavam insatisfeitos com o nome de Mozart tão logo souberam da possibilidade de ele ser nomeado. A situação piorou quando ele e alguns colegas cruzaram com o deputado Silvio Costa (Avante-PE), um dos maiores defensores do governo Dilma, que elogiou a escolha de Neves. Foi a gota d´água.
Sóstenes e uma dúzia de colegas da bancada evangélica se juntaram e marcharam até o Centro Cultural Banco do Brasil, onde estão montados os escritórios da transição do governo, para um encontro com o futuro ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni.
Mais tarde, o deputado foi informado que artistas e integrantes de grupos de Whatsapp ligados ao setor cultural comemoraram a notícia de que Neves poderia ser o novo ministro da Cultura. Embora a equipe do novo governo não tenha solicitado a opinião dos evangélicos, Sóstenes considera o procurador Guilherme Schelb, que agora figura como o mais cotado para a Educação, um bom nome: "tem sintonia com nossos valores".
"Os grupos de cultura do Rio de Janeiro postaram fogos e festejos com o nome do Mozart. Como temos gente infiltrada nesses grupos ficamos sabendo. Ele ou outro com viés de esquerda não passarão", afirmou.
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