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Transição no Planalto

- Publicada em 16 de Novembro de 2018 às 01:00

Bolsonaro já tem BC e oito novos ministros

Araújo tem alinhamento com as políticas de Donald Trump

Araújo tem alinhamento com as políticas de Donald Trump


VALTER CAMPANATO /ABR/JC
O futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em fase de transição, já tem confirmados, até agora, oito nomes para o ministério e a presidência do Banco Central (BC). Nesta quinta-feira, foi indicado Roberto Campos Neto para a presidência do BC. Mansueto de Almeida, atual secretário do Tesouro Nacional, permanecerá no cargo. Já na quarta-feira, foi definido o nome do embaixador Ernesto Araújo para assumir o ministério das Relações Exteriores.
O futuro governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em fase de transição, já tem confirmados, até agora, oito nomes para o ministério e a presidência do Banco Central (BC). Nesta quinta-feira, foi indicado Roberto Campos Neto para a presidência do BC. Mansueto de Almeida, atual secretário do Tesouro Nacional, permanecerá no cargo. Já na quarta-feira, foi definido o nome do embaixador Ernesto Araújo para assumir o ministério das Relações Exteriores.
Além de Araújo, já havia outros sete ministros confirmados para compor o governo Bolsonaro: além do deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM) na Casa Civil e do economista Paulo Guedes na Fazenda, foram indicados o general Augusto Heleno para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o também general Fernando Azevedo e Silva na Defesa, o juiz federal Sérgio Moro na pasta de Justiça e Segurança Pública, o astronauta Marcos Pontes à frente de Ciência e Tecnologia e a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) na Agricultura.
O anúncio de Araújo como chanceler já aconteceu em meio à desistência do governo de Cuba em participar do programa Mais Médicos no Brasil, por divergir de declarações e condições impostas por Bolsonaro.
Promovido a embaixador em junho passado, Araújo ainda não havia chefiado nenhuma sede diplomática. Em artigos e blogs, ele tem um discurso alinhado com o de Bolsonaro, é crítico da esquerda e do que chama de "ideologia globalista" e defende o "nacionalismo ocidental" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O nome de Araújo foi anunciado por Bolsonaro em sua conta no Twitter. O presidente eleito justificou a escolha afirmando que Araújo é um "brilhante intelectual" e "a política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje".
O futuro ministro atualmente é diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty. Durante a disputa eleitoral, Araújo criou um blog no qual criticava o PT e defendia a candidatura de Bolsonaro.
Nem o presidente eleito nem Araújo deram detalhes do que deve ser a política externa brasileira do novo governo. Já está claro, porém, que a ideia é romper com a linha adotada pelos governos petistas.
Analistas da política externa apontaram a escolha de Araújo como polêmica e com potencial foco de conflitos com outras áreas do governo, como a militar, o setor exportador do agronegócio e o próprio Itamaraty. O principal ponto é a crítica ao "globalismo", que ele classifica como "a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural". "É um sistema anti-humano e anticristão", escreveu Araújo, em um post em seu blog.
Para o escolhido de Bolsonaro, o ocidente seria vítima de uma articulação global que teria como raiz a "China maoísta" e o presidente eleito seria o único capaz de evitar a dissolução da nacionalidade brasileira - que seria fundamentalmente cristã e conservadora. Em um outro texto, chama o PT de "Partido Terrorista".
Na quarta-feira, o general da reserva do Exército Osvaldo Ferreira, que havia sido convidado para assumir o Ministério da Infraestrutura, desistiu de integrar o primeiro escalão do governo.
A futura pasta será uma junção dos ministérios dos Transportes, dos Portos e da Aviação Civil. Uma alternativa para ele seria uma secretaria dentro do Palácio do Planalto com influência direta sobre a pasta de Infraestrutura e a de Minas e Energia, o que também não deve ocorrer. 

Conheça os nomes já definidos para o primeiro escalão

  • Banco Central - Roberto Campos Neto
  • Casa-Civil - Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
  • Economia - Paulo Guedes
  • Gabinete de Segurança Institucional - General Augusto Heleno
  • Relações Exteriores - Ernesto Araújo
  • Agricultura - Tereza Cristina (DEM-MS)
  • Justiça e Segurança Pública - Sérgio Moro
  • Ciência e Tecnologia - Marcos Pontes
  • Defesa - Fernando Azevedo e Silva