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Política

- Publicada em 12 de Novembro de 2018 às 21:42

Eduardo Leite busca apoio de prefeitos a projeto do ICMS

Proposta que renova majoração de alíquotas até 2020 tranca pauta da Assembleia na primeira semana de dezembro

Proposta que renova majoração de alíquotas até 2020 tranca pauta da Assembleia na primeira semana de dezembro


CLAUDIA CORRÊA/DIVULGAÇÃO/JC
Bruna Suptitz
Além da ofensiva com todas as bancadas na Assembleia Legislativa para aprovação da majoração das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) busca também apoio com as prefeituras do interior. Em 2015 teve peso na decisão de voto dos deputados a demanda dos prefeitos.
Além da ofensiva com todas as bancadas na Assembleia Legislativa para aprovação da majoração das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) busca também apoio com as prefeituras do interior. Em 2015 teve peso na decisão de voto dos deputados a demanda dos prefeitos.
Ontem, entre as agendas que cumpriu no parlamento, Leite se encontrou com o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), no ato representando a diretoria da Associação Gaúcha de Municípios (AGM), que se manifestou favorável à manutenção das atuais alíquotas para o imposto por mais dois anos. "Os municípios já incorporaram na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) essa previsão para 2019", ponderou Ary.
A posição da AGM casa com a proposta encaminhada para a Assembleia pelo governador José Ivo Sartori (MDB), a pedido de Leite, e que prevê o fim da majoração das alíquotas em 31 de dezembro de 2020. O projeto tramita em regime de urgência desde sexta-feira passada, quando foi protocolado, e tranca a pauta a partir da segunda semana de dezembro.
A expectativa dos municípios, de acordo com Vanazzi, é que o futuro governo apresente uma proposta para a redução carga tributária nesse período. "Nos preocupamos porque a alíquota elevada tem afugentado empresas", completa. O prefeito de São Leopoldo aproveitou para falar com Leite sobre o atraso no repasse dos recursos de saúde para os municípios e, no caso específico da cidade que administra, para manutenção do Hospital Centenário.
Já a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) informa que está realizando uma consulta com as prefeituras e só depois de finalizada deve se posicionar sobre o tema. Diferente do caso informado pelo chefe do Executivo de São Leopoldo, o presidente da Famurs e prefeito de Garibaldi, Antonio Cettolin (MDB), projetou a LDO de 2019 sem prever a majoração da alíquota do ICMS, considerando que a legislação vigente prevê que os valores atuais encerrem em dezembro deste ano.
Na Assembleia, Leite se reuniu com parlamentares do PSOL, do PCdoB e do PSD. João Reinelli (PSD) seguiu a linha de outros colegas que elogiaram a postura de diálogo do futuro governador com os integrantes da Casa. O deputado Pedro Ruas (PSOL) disse que informou ser contra o aumento do ICMS e a favor dos servidores - o Legislativo deve votar hoje o reajuste para categorias do Legislativo, Judiciário e Ministério Público - e acredita "ter sido compreendido" por ele.
Ontem a executiva estadual do PP definiu por orientar a bancada - hoje com seis parlamentares - a votar contra os reajustes, "tendo em vista a caótica situação financeira do Estado". O partido esteve coligado com Leite nas eleições. Essa também é a orientação do PSDB, partido do futuro governador, aos quatro debutados da bancada. "(O Estado) precisa colocar as contas em dia antes de dar reajuste às categorias, de forma escalonada", explica o deputado Lucas Redecker (PSDB).
Eduardo Leite segue hoje para Brasília, onde tenta agenda com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello - é dele a liminar concedida ao Estado suspendendo temporariamente o pagamento das parcelas da dívida com a União. Na quarta-feira se reúne com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), com o futuro ministro da Casa Civil, deputado gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), e demais governadores eleitos.
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