Na quarta-feira (7), o Senado aprovou o aumento para os ministros por 41 votos a 16. Com o reajuste, os salários podem passar dos atuais R$ 33 mil para R$ 39 mil. A proposta ainda depende de sanção do presidente Michel Temer, mas a petição disparada na internet já passava de 2 milhões de assinaturas contra o reajuste no começo da tarde desta sexta-feira (9).
No Rio Grande do Sul, os deputados estaduais eleitos pelo Partido, Fabio Ostermann e Giuseppe Riesgo, encabeçam as manifestações contra a proposta de aumento salarial automático para o Legislativo, Judiciário e Ministério Público. O documento soma mais de 4,3 mil assinaturas, e foi criado para marcar posição contra a medida.
O deputado Giuseppe Riesgo avalia que a situação das contas do Estado é crítica e que um aumento de despesas neste momento seria "catastrófico" para as contas públicas gaúchas. "O partido Novo sempre se pautou contra o aumento de gastos e de impostos, e estamos mantendo essa linha. Não tem como voltar a crescer em um País que só aumenta seus gastos", afirmou. Riesgo também disse esperar que os próximos governos assumam maior austeridade quanto às despesas públicas.
De acordo com a página que hospeda o abaixo-assinado da pauta gaúcha, o reajuste tratá impacto de mais de R$ 160 milhões aos cofres públicos do Estado, verba que seria suficiente para comprar mais 1.620 viaturas de polícia ou contratar mais 2.600 soldados da Brigada Militar.