O projeto que mantém as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no mesmo patamar dos últimos três anos ainda não chegou na Assembleia Legislativa - a expectativa de ser protocolado nesta quinta-feira não se cumpriu - mas o futuro governador já costura apoios que podem ajudar a conquistar a maioria dos parlamentes para aprovar a matéria.
Nesta sexta-feira a formalização de apoio virá da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), que admite, conforme alegou a presidente Simone Leite em nota, "tolerar a temporária continuidade, por dois anos, das atuais alíquotas". Em contrapartida, cobrarão do futuro governador, em reunião na sede da entidade, que apresente "medidas que viabilizem a promessa da redução da carga tributária".
Esta atividade marca a retomada das agendas de Eduardo Leite no Estado. Na quinta-feira ele passou pelo Rio de Janeiro, onde gravou entrevista, e em São Paulo se reuniu com o governador eleito João Dória e Reinaldo Azambuja, reeleito no Mato Grosso do Sul - estas serão as três únicas gestões estaduais do PSDB a partir do próximo ano.
Os tucanos se posicionaram em relação ao governo federal. Leite defendeu que o partido se posicione favorável a uma agenda de reformas "que gere crescimento econômico e empregos", lembrando que os Estados dependem de medidas do plano nacional - uma será a renegociação da dívida com a União. Esse posicionamento, para Dória, "não se trata de fazer adesão ao governo (Jair) Bolsonaro (PSL), mas de fazer adesão ao Brasil e às boas práticas".