Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

Leite vence disputa para o governo do Rio Grande do Sul

Eleições 2018
Coletiva de imprensa e comemoração de Eduardo Leite.

Eleições 2018 Coletiva de imprensa e comemoração de Eduardo Leite.


/LUIZA PRADO/JC
Bruna Suptitz
Emocionado e cercado de políticos e apoiadores, o govenador eleito Eduardo Leite (PSDB) falou por 50 minutos com a imprensa, no diretório central da coligação na Zona Norte de Porto Alegre na noite de ontem. Ele já havia se manifestado em Pelotas, cidade que comandou entre 2013 e 2016, e lá também manteve o primeiro contato com os eleitores que comemoraram nas ruas a vitória do tucano.
Emocionado e cercado de políticos e apoiadores, o govenador eleito Eduardo Leite (PSDB) falou por 50 minutos com a imprensa, no diretório central da coligação na Zona Norte de Porto Alegre na noite de ontem. Ele já havia se manifestado em Pelotas, cidade que comandou entre 2013 e 2016, e lá também manteve o primeiro contato com os eleitores que comemoraram nas ruas a vitória do tucano.
"A partir de agora me sinto governador de todos os gaúchos. Dos que votaram em mim e dos que não votaram também", declarou à imprensa quando deixou a casa dos pais, em Pelotas, onde acompanhou a apuração - ele conquistou 53,62% dos votos válidos, uma diferença de mais de 422 mil para o governador José Ivo Sartori (MDB).
Com isso, Leite confirma o favoritismo das pesquisas de intenção de voto divulgadas durante o segundo turno e a tradição do Rio Grande do Sul em não reeleger governadores. Ele será o titular do Palácio Piratini mais jovem do Estado eleito pelo voto direto - com 33 anos na data da posse, em 1 de janeiro de 2019 - e também o mais jovem do Brasil nesta eleição.
Leite contou que recebeu uma ligação de Sartori assim que se definiu a vitória da chapa tucana. "Agradeci a gentileza, é um protocolo que se estabelece nos processos eleitorais", disse, e afirmou que buscará o governador nos próximos dias para dar início ao processo de transição.
À imprensa, Leite falou sobre o apoio concedido ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), também eleito neste domingo. Na noite do primeiro turno, o tucano manifestou apoio com ressalvas a Bolsonaro - os partidos da base do presidente eleito no Estado aderiram à candidatura do atual governador no segundo turno. No Parcão - palco da comemoração da vitória de Bolsonaro na Capital -, a notícia da vitória de Leite suscitou vaias de parte do público na noite de ontem.
"Meus cumprimentos ao presidente eleito Jair Bolsonaro. O País tomou uma decisão e ela deve ser respeitada. Desejamos sucesso", declarou. "O que fizemos (apoio) não foi por interesse ou oportunismo eleitoreiro", completou mais tarde, sob aplausos dos militantes que acompanhavam o pronunciamento. Um adesivo do candidato do PSL, afixado no painel ao fundo do espaço destinado à coletiva de imprensa, foi coberto com cartazes da campanha tucana antes da chegada de Leite.
A alta aprovação como prefeito em Pelotas alçou a candidatura do tucano - Leite começou figurando em quarto lugar nas pesquisas no início do primeiro turno e chegou ao segundo turno como favorito, somando 35,9% dos votos válidos. "Agradeço minha cidade natal que, conhecendo meu trabalho, me deu nada menos que 90% dos votos (válidos)", disse.
O dia de Eduardo Leite iniciou com um café da manhã em Esteio, na casa do candidato a vice-governador Delegado Ranolfo Vieira Júnior (PTB). Na sequência, acompanhou a votação de Ranolfo, junto de uma comitiva que incluiu o prefeito e o vice de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Gustavo Paim (PP), além deputados e lideranças políticas de partidos coligados.
Em todas as manifestações que fez à imprensa desde o início da manhã de ontem, o tucano criticou a divulgação de notícias falsas que atribuiu à campanha de Sartori, sustentando que o adversário, "na falta de boas propostas para apresentar à população gaúcha, apostou na ideia do medo". Esse tema foi pauta dos dois últimos debates protagonizados pelos postulantes ao Palácio Piratini na quinta-feira passada.
No início da noite, em fala à imprensa, destacou como prioridade para a gestão que iniciará em janeiro a formação de uma equipe "que tenha capacidade técnica, mas também habilidade política para que tenhamos espaço para governar". Reafirmou ainda que colocará o salário dos servidores em dia no primeiro ano de governo, promessa que apresentou durante toda a campanha. "Hoje (28) é dia dos servidores públicos, que merecem nosso reconhecimento", completou.
Em aceno ao setor agrícola, o tucano elencou pontos de atuação que seu governo que atendem as demandas do campo, como o investimento em infraestrutura para facilitar o escoamento da produção, desburocratizar a liberação de licenças ambientais e alvarás e, a médio prazo, viabilizar a redução da carga tributária. Contudo, defende, para os dois primeiros anos de gestão, a manutenção da majoração das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Já passava das 22h quando Leite subiu em um caminhão de som na avenida São Pedro, em Porto Alegre, para falar aos apoiadores em frente ao comitê. "O Rio Grande do Sul confiou a um guri de 33 anos a liderança do Estado pelos próximos quatro anos. Não me importo que me chamem de guri. Vou levar essa energia para o governo. Bunda fora da cadeira sim!", declarou sob fortes aplausos da militância - a fala gerou polêmica quando usada, na campanha, para se referir ao que atribuiu como inércia do atual governador em relação aos problemas do Estado.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO