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Política

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

Vitória de Eduardo Leite consolida protagonismo do PSDB no Rio Grande do Sul

Governador precisará ter articulação política para fazer passar na AL os seus projetos

Governador precisará ter articulação política para fazer passar na AL os seus projetos


CLAITON DORNELLES /JC
Guilherme Kolling
A vitória de Eduardo Leite no segundo turno da eleição garantiu o governo do Estado ao PSDB. Mas, politicamente, representa a consolidação do partido no Rio Grande do Sul. É possível dizer que, a partir de agora, o PSDB será a legenda de maior protagonismo em solo gaúcho.
A vitória de Eduardo Leite no segundo turno da eleição garantiu o governo do Estado ao PSDB. Mas, politicamente, representa a consolidação do partido no Rio Grande do Sul. É possível dizer que, a partir de agora, o PSDB será a legenda de maior protagonismo em solo gaúcho.
Se é verdade que PP e MDB são as siglas com mais representatividade no Interior, através de centenas de diretórios municipais e prefeituras gaúchas, o PSDB comanda as grandes cidades e, a partir de 1 de janeiro de 2019, também o Piratini.
Na primeira vez em que administrou o governo gaúcho, com Yeda Crusius, entre 2007 e 2010, os tucanos tinham uma estrutura menor, o que ajudou a fragilizar politicamente aquela gestão, mais dependente de aliados.
Agora, voltaram a vencer a eleição estadual, 12 anos depois, em um quadro mais favorável. Eduardo Leite, que se tornará o mais jovem governador gaúcho desde a redemocratização, assumirá com outras lideranças emergentes.
Se o PSDB ainda não tem tanta estrutura e conta com uma bancada pequena na Assembleia Legisltaiva, com apenas quatro deputados estaduais, não pode se queixar de quadros regionais de destaque no Rio Grande do Sul.
Basta observar que, no atual cenário, comanda cinco das 10 maiores cidades do Estado, incluindo Porto Alegre. Tem lideranças como os prefeitos Nelson Marchezan Júnior (na Capital), Jorge Pozzobom (Santa Maria) e Paula Mascarenhas, que era vice de Leite e foi eleita com seu apoio prefeita de Pelotas. Comanda também Novo Hamburgo (com Fátima Daudt) e Viamão (André Pacheco). Cabe mencionar ainda o deputado federal Lucas Redecker.
Além disso, a coligação de Leite tem a parceria do PP. Essas duas agremiações políticas, PP-PSDB, têm disputado com destaque as últimas eleições estaduais, representando uma nova força, que rompeu com a polarização MDB-PT, dobradinha que dominou o Estado nas últimas duas décadas.
O futuro governador gaúcho precisará ter articulação política para fazer passar na Assembleia Legislativa os seus projetos, a começar pela renovação da alta do ICMS por mais dois anos, que deve solicitar ao atual chefe do Executivo, José Ivo Sartori (MDB). Leite larga com uma boa base, pois além de PSDB e PP, tem também o PTB, do seu vice, Delegado Ranolfo, além de outras forças como PRB e PPS - ao todo, são 12 partidos que o apoiam, considerando as adesões no segundo turno.
Entretanto, o duro embate com Sartori pode afastá-lo do MDB. E a nova força política do País, o PSL de Jair Bolsonaro, também não irá aderir ao governo tucano imediatamente, o que pode ser visto com o apoio a Sartori no segundo turno e na reação do público que celebrava a vitória de Bolsonaro no Parcão após saber o resultado final ao Piratini: vaias para a vitória de Leite.
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