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Política

- Publicada em 29 de Outubro de 2018 às 01:00

Jair Bolsonaro é eleito para comandar o Brasil

Após ter a vitória confirmada, Jair Bolsonaro (PSL) fez discurso de compromisso com a liberdade e pregou a pacificação do País

Após ter a vitória confirmada, Jair Bolsonaro (PSL) fez discurso de compromisso com a liberdade e pregou a pacificação do País


TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente do Brasil na noite de ontem, ao derrotar no segundo turno o candidato do PT, Fernando Haddad. Aos 63 anos, Bolsonaro chegou ao posto máximo da República apoiado por 57,7 milhões de eleitores, que lhe deram mais de 55% dos votos válidos, ante 44,8% (47 milhões de votos) alcançado pelo presidenciável petista.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente do Brasil na noite de ontem, ao derrotar no segundo turno o candidato do PT, Fernando Haddad. Aos 63 anos, Bolsonaro chegou ao posto máximo da República apoiado por 57,7 milhões de eleitores, que lhe deram mais de 55% dos votos válidos, ante 44,8% (47 milhões de votos) alcançado pelo presidenciável petista.
Após ser confirmado como o 42º presidente da República - o 38º presidente eleito democraticamente no País -, o deputado federal fez um discurso à nação de compromisso com a liberdade, com a Constituição e com reformas.
"Liberdade de ir e vir, liberdade política e religiosa, liberdade de opinião", disse Bolsonaro, cuja campanha foi marcada pelo antipetismo e uma retórica agressiva contra os opositores. O presidente eleito participou de uma oração antes de ler o discurso, marcado por citações bíblicas e a Deus.
Mais tarde, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, fez uma manifestação mais clara a favor de reunificação do País. "Vou buscar pacificar o nosso Brasil. Nós vamos pacificar. Sem eles contra nós ou nós contra eles. Nós temos como fazer políticas que atendam o interesse de todos", afirmou Bolsonaro, que durante a campanha foi alvo de um atentado a faca. O candidato do PSL triunfou na disputa presidencial após quebrar tabus e romper paradigmas consagrados pelo marketing eleitoral. Trata-se do terceiro oficial do Exército brasileiro a ser eleito para o cargo.
Bolsonaro liderou a mais surpreendente disputa eleitoral desde o pleito de 1989 a partir de agosto, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril por corrupção, foi declarado inelegível. Haddad, plano B do PT, que ocupava estrategicamente a vice de Lula antes de ser lançado candidato, conseguiu chegar ao segundo turno, mas nunca ameaçou a liderança do polêmico deputado.
Bolsonaro quebra uma série de quatro vitórias presidenciais petistas. Diversos fatores concorrem para explicar seu sucesso. O deputado de extrema-direita estava na rua desde 2014. Ou melhor: estava no mundo virtual, onde montou uma eficaz e bastante contestada estratégia de promoção, com o uso intensivo do aplicativo WhatsApp e a adesão ao recurso de comunicação direta. Ele é acusado de disseminar fake news e desinformação, o que nega. Porém, o impulsionamento de mensagens negativas ao PT foi comprado por empresários - a Justiça Eleitoral e Polícia Federal investigam se houve crime e ligação com a campanha de Bolsonaro.
Montado em uma estrutura amadora, cercou-se de militares da reserva e conselheiros de setores conservadores, como ruralistas e evangélicos. Seu verdadeiro núcleo duro, contudo, é a família. Bolsonaro tem quatro filhos adultos e uma filha de 7 anos. Os três mais velhos integram seu QG: o senador eleito Flávio (PSL-RJ), o deputado federal reeleito Eduardo (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos (PSL).
Apresentou um único fiador ao mundo dos negócios, o economista Paulo Guedes, confirmado por Bolsonaro para o ministério da Fazenda. Apesar das desconfianças da exequibilidade de suas ideias ultraliberais e do risco da dependência de um personagem demissível pelo presidente, ao fim o consenso entre analistas de mercado financeiro avaliou Bolsonaro como um nome mais benigno que o de Haddad.
Além de Guedes, Bolsonaro confirmou até agora apenas outros dois futuros ministros: o deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM), articulador político da candidatura, na Casa Civil, e o general da reserva do Exército Augusto Heleno, no Ministério da Defesa. O presidente eleito se comprometeu a ocupar o alto escalão de sua administração com nomes técnicos e sem compromisso de agradar partidos aliados. Por outro lado, se cercou de consultores em diversas áreas que passaram, automaticamente, a serem cotados para ministros.
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