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Política

- Publicada em 25 de Outubro de 2018 às 01:00

Na TV, Bolsonaro e Haddad rebatem acusações mútuas

Com o segundo turno cada vez mais próximo, os candidatos à presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) utilizaram suas propagandas políticas para abordar pontos sensíveis em suas campanhas. 
Com o segundo turno cada vez mais próximo, os candidatos à presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) utilizaram suas propagandas políticas para abordar pontos sensíveis em suas campanhas. 
As mulheres foram o foco principal da propaganda de Bolsonaro, que propôs endurecer a legislação para que agressores de mulheres tenham pena integral. Mantendo o assunto na segurança pública, a propaganda também atribuiu ao PT a responsabilidade pelo aumento de 600% nas denúncias de violência contra mulheres entre 2006 a 2012 - os seis primeiros anos de vigência da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para combater casos de violência doméstica e estimular denúncias do tipo.
Uma das estrelas da peça publicitária foi Joice Hasselmann, a mais cotada para a liderança da bancada do PSL na Câmara dos Deputados. Hasselmann criticou a esquerda por tentar impingir a Bolsonaro "a pecha de que ele é um candidato machista" e destacou que as duas mulheres recordistas de votos para deputada no país são correligionárias dele: ela própria, a mulher mais votada do Brasil para a Câmara, e a jurista Janaina Paschoal, eleita deputada estadual em São Paulo com a maior votação para o cargo na história do país.
A deputada federal eleita Dayane Pimentel (PSL), mulher mais votada para o cargo na Bahia, disse na propaganda que lideranças femininas na política trazem a "coragem e sensibilidade" necessária para defender suas bandeiras - segundo ela, "a nossa família, os cristãos, a ordem e a hierarquia".
Também foi exibido um vídeo de apoio vindo de Eliana Calmon, a primeira mulher a integrar o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ex-ministra se disse "horrorizada" com o programa de Haddad, que propõe uma reforma do judiciário. A ex-ministra, que concorreu sem sucesso a senadora pelo PSB baiano em 2014, estava filiada na Rede até este mês, mas pediu desfiliação após o partido recomendar aos correligionários que não votassem no candidato do PSL.
Já no programa de Haddad, metade dos cinco minutos da propaganda foi dedicada a explorar declarações controversas de Bolsonaro, questionando seu compromisso com a saúde, a educação e a democracia, citando sua intenção de mandar embora para Cuba os médicos de lá vindos pelo Mais Médicos, a possibilidade de ter um ensino à distância desde o ensino fundamental, além de seu pronunciamento no domingo, quando se referiu ao PT dizendo que "esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria". Essa parte do programa também criticou as propostas de Paulo Guedes, o guru de Bolsonaro na economia, e afirmou que o candidato do PSL era um "Temer piorado".
A outra metade do programa era mostrava o Brasil em 2019 sob uma hipotética presidência de Haddad. Dentre os programas propostos estão a adoção de escolas públicas de baixo rendimento por escolas técnicas federais, a retomada de obras públicas paradas, maior investimento no Minha Casa Minha Vida e o programa Dívida Zero, que entrou para seu plano de governo após a popularização da proposta do Nome Limpo, principal bandeira eleitoral de Ciro Gomes (PDT), que terminou em terceiro no primeiro turno e agora dá apoio crítico a Haddad.
Prometendo que vai fortalecer a economia, Haddad também afirmou disse que faria três medidas no dia 1º de janeiro: reajustar o valor do Bolsa Família em 20%, diminuir o valor do gás de cozinha para um teto de R$ 49,00 e aumentar o salário-mínimo acima da inflação, inclusive para aposentados. "Eu já fiz as contas e a decisão está tomada", disse.
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