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Política

- Publicada em 25 de Outubro de 2018 às 01:00

Ruralistas admitem rever fusão de ministérios

Presidente da UDR é favorável à manutenção do Código Florestal aprovado neste ano

Presidente da UDR é favorável à manutenção do Código Florestal aprovado neste ano


TÂNIA RÊGO /ABR/JC
Um grupo de empresários do agronegócio fez uma visita ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na manhã de ontem, em sua residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, o grupo tem cerca de 40 pessoas e representa produtores de vários segmentos da agricultura e da pecuária de "praticamente todos os estados". Após o encontro, eles admitiram rever proposta de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, e também a possível saída do país do Acordo de Paris.
Um grupo de empresários do agronegócio fez uma visita ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na manhã de ontem, em sua residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, o grupo tem cerca de 40 pessoas e representa produtores de vários segmentos da agricultura e da pecuária de "praticamente todos os estados". Após o encontro, eles admitiram rever proposta de fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, e também a possível saída do país do Acordo de Paris.
Antes do encontro, Garcia afirmou que o grupo veio reiterar seu apoio a Bolsonaro e reforçar "algumas demandas importantes", como o direito à propriedade para produtores rurais, e que o Bndes não atenda "só os amigos do rei".
O presidente da UDR desconversou sobre sua eventual indicação para Ministro da Agricultura - durante a campanha, seu nome chegou a ser cotado para a pasta. Segundo ele, sua visita a Bolsonaro não se deve por "ambições pessoais". Apesar disso, o presidente da UDR chegou a dizer que via com bons olhos uma possível fusão entre as pastas, e afirmou que um processo semelhante deve ocorrer entre outros ministérios.
Após a visita, que durou cerca de uma hora, o presidente da UDR, no entanto, admitiu que poderia rever a ideia de fundir a pasta ao Ministério do Meio Ambiente, que havia sido apresentada a Bolsonaro pelo próprio Nabhan. Ele, inclusive, chegou a defendê-la ao falar com jornalistas na chegada à casa do presidenciável. Após o encontro, no entanto, ele parece ter revisto seu ponto de vista. Perguntado se o discurso não era uma mudança de posição, Nabhan mostrou incômodo. "Ninguém pode ter um governo duro, autoritário, sem flexibilidade, com arrogância. Se for o melhor para o Brasil, depois de eleito todos vão sentar e ele vai ouvir toda a sociedade. É inevitável a fusão de várias pastas. Porém, estamos ouvindo a todos. Se tiver que haver flexibilização, haverá", declarou.
Em entrevistas recentes, Nabhan Garcia se disse favorável à manutenção do Código Florestal aprovado neste ano - que prevê, por exemplo, a preservação de 80% da floresta na Amazônia pelos proprietários rurais. O presidente da UDR afirmou, por outro lado, que é preciso rever alguns pontos do Acordo de Paris, aprovado pela comunidade internacional em 2015 e que visa à redução das emissões de carbono. No ano passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada do país do Acordo de Paris.
 
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