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eleições 2018

- Publicada em 24 de Outubro de 2018 às 01:00

Bolsonaro quer acabar com 'coitadismo' de nordestinos

Deputado disse que 'ações do MST serão tipificadas como terrorismo'

Deputado disse que 'ações do MST serão tipificadas como terrorismo'


TÂNIA RÊGO /AGÊNCIA BRASIL/JC
Ao mirar em eleitores do Nordeste na reta final da campanha, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, do SBT no Piauí, que irá acabar com a política do "coitadismo" a nordestino, gay, negro e mulher. Segundo ele, as políticas afirmativas reforçam o preconceito. "Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso", disse.
Ao mirar em eleitores do Nordeste na reta final da campanha, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde, do SBT no Piauí, que irá acabar com a política do "coitadismo" a nordestino, gay, negro e mulher. Segundo ele, as políticas afirmativas reforçam o preconceito. "Isso não pode continuar existindo. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado da mulher, coitado do gay, coitado do Nordestino, coitado do piauiense. Vamos acabar com isso", disse.
Na entrevista, e divulgada ontem pela emissora, o candidato afirmou que não perseguirá os governadores da oposição. "Não podemos prejudicar o povo do Piauí (se referindo ao governador reeleito Wellington Dias, do PT), qualquer estado que seja, porque tem um governador que não se alinhe ideologicamente conosco. Vamos tratar todos os estados de forma republicana."
Sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Bolsonaro disse que vai tratá-lo como ação de terrorismo. "Ações do MST serão tipificadas como terrorismo. Esse pessoal não pode continuar levando terror ao campo".
Ele voltou a falar sobre a polêmica do WhatsApp. "Primeiro, a matéria surgiu na Folha de S.Paulo, num jornal de sempre, num jornal que não tem qualquer compromisso com a verdade", disse. A reportagem em questão foi publicada pela Folha de S.Paulo na quinta-feira passada e mostra o pagamento a agências de mídia, por empresários simpáticos a Bolsonaro, para disparar mensagens antipetistas a grandes bases de eleitores no WhatsApp. A legislação eleitoral proíbe a doação por empresas às campanhas, e os valores não foram declarados. O candidato de extrema-direita diz que a reportagem é "plantada" e que foi usada de argumento para ações no Supremo para o PT e PDT. E negou envolvimento com o caso.
"Não tenho qualquer contato com empresário, nunca pedi pra ninguém fazer isso. Afinal de contas, nos dominamos as mídias sociais desde antes de começar a eleição. Não temos 7 milhões de seguidores de agora. No meu Facebook nunca impulsionamos nada, nunca pagamos dez centavos. É o desespero por parte deles".
 

Jornalista deixa programa e fala em 'censura' de Bolsonaro

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, negou ontem que seja o "anticristo" e que represente ameaça à democracia. A afirmação foi uma resposta à pergunta sobre a sugestão do filho dele, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que bastam um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante entrevista exclusiva, concedida na manhã de ontem à Rádio Guaíba, Bolsonaro minimizou a repercussão do vídeo em que o filho aparece sugerindo que é fácil fechar o STF, bastando levar um cabo e um soldado. O candidato disse que houve um "superdimensionamento do caso". "Nós não somos ameaça à democracia, é exatamente o contrário, nós somos a garantia da democracia. E outra, o que meu filho falou foi há quatro meses atrás, existia um outro clima no Brasil."
Bolsonaro foi entrevistado pelo âncora do programa Bom dia, Rogério Mendelski, que, ao final da entrevista, justificou o "silêncio" de jornalistas presentes no estúdio. "Foi uma condição do candidato, que queria conversar só com o apresentador", disse Mendelski.
Em seguida, o jornalista e historiador Juremir Machado da Silva questionou a decisão, afirmando "nós podemos dizer que o candidato nos censurou?". Segundos depois, ele emendou, "eu achei humilhante e por isso estou deixando o programa. Foi um prazer trabalhar aqui por 10 anos".
Depois da entrevista, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) emitiu uma nota em que afirma "ser contrária a qualquer tipo de cerceamento ao exercício da profissão", solidarizando-se com Juremir.