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Política

- Publicada em 16 de Outubro de 2018 às 13:55

Leite e Sartori partem para o confronto em primeiro debate do segundo turno

Candidatos tiveram tempo para poder debater entre si, o que movimentou mais o confronto

Candidatos tiveram tempo para poder debater entre si, o que movimentou mais o confronto


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Paulo Egídio
O primeiro debate do segundo turno da eleição para o governo do Rio Grande do Sul, realizado pela Rádio Gaúcha na manhã desta terça-feira (16), foi marcado por diversos momentos de confronto e críticas mútuas entre os candidatos. Enquanto Eduardo Leite (PSDB) atacou os problemas do governo atual e fez acenos ao funcionalismo, José Ivo Sartori (MDB) defendeu sua gestão e questionou diversas vezes “de onde o adversário vai tirar dinheiro” para cumprir as propostas.
O primeiro debate do segundo turno da eleição para o governo do Rio Grande do Sul, realizado pela Rádio Gaúcha na manhã desta terça-feira (16), foi marcado por diversos momentos de confronto e críticas mútuas entre os candidatos. Enquanto Eduardo Leite (PSDB) atacou os problemas do governo atual e fez acenos ao funcionalismo, José Ivo Sartori (MDB) defendeu sua gestão e questionou diversas vezes “de onde o adversário vai tirar dinheiro” para cumprir as propostas.
Com duas horas de duração, o programa saiu do formato tradicional, em que o tempo de cada concorrente é cronometrado. Depois de cada resposta, em vez das tradicionais réplicas e tréplicas, foi aberto um período de quatro minutos, em que não havia controle de tempo, para aprofundar a discussão sobre os temas apresentados. Os assuntos que mais apareceram durante o embate – e que mais provocaram tensão entre os candidatos - foram segurança pública, infraestrutura e privatização de estatais.
Desde o bloco inicial, Leite e Sartori indicaram qual seria o tom do debate. Se o governador sublinhava as medidas tomadas no período em que esteve à frente do Palácio Piratini, seu adversário procurava apontar os problemas da administração atual. O primeiro tema discutido foi a concessão de rodovias. Sartori ressaltou o avanço da duplicação da ERS-118, disse que recuperou três mil quilômetros de rodovia nos últimos quatro anos e lembrou a criação do marco regulatório das concessões. O tucano argumentou que, apesar do novo marco, o governo não fez nenhuma concessão de estradas.
O tema gerou a primeira rusga entre os debatedores. Sartori acusou o oponente de “não conhecer a realidade”. “O apressado faz as coisas de qualquer jeito”, alfinetou o candidato do MDB. Leite rebateu dizendo que as estradas do estão se precarizando por falta de ação do estado. “O governo é muito lento e não está entregando”, afirmou.
Na questão seguinte, sobre segurança pública, o ex-prefeito de Pelotas se comprometeu a disponibilizar mais vagas no sistema penitenciário e a continuar a política de permutar áreas públicas em troca da construção de casas prisionais. O emedebista, por sua vez, mencionou a construção da nova ala do presídio Central e a contratação de mais de seis mil policiais, e afirmou que o governo “está fazendo seu papel”.
Leite o contrapôs e alegou que a criminalidade aumentou durante os últimos quatro anos, com leve diminuição no último. “Para o governo Sartori funcionar, tem que ter eleição todo ano”, alfinetou. Na resposta, o emedebista acusou o adversário de “exagerar no marketing eleitoreiro”. “Eu mereceria um pouco de respeito do senhor”, reclamou.

Formato esquentou cena de debate entre os candidatos

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O confronto aberto continuou no segundo bloco, em que foram abordados assuntos sugeridos por ouvintes do programa. Sartori insistiu no tema da segurança e ouviu críticas sobre a doação e aparato pela iniciativa privada. “É sintoma de que o estado não está fazendo a sua parte”, considerou Leite. O governador ironizou a ofensiva do tucano: “Fosse na minha cidade, eu responderia ‘parole, parole’ (palavras, palavras, em italiano)”.
Na sequência, o candidato do PSDB questionou o concorrente sobre a privatização do Banrisul – à qual se posicionou contra - e criticou a venda de ações do banco estatal, realizada recentemente pelo governo estadual. Sartori garantiu que não pretende se desfazer da instituição e leu trecho de uma entrevista do início do ano, em que Leite defendia a privatização do banco.
Antes do encerramento do bloco, os postulantes ao Palácio Piratini discutiram ainda a relação com o funcionalismo. O atual governador sublinhou que o parcelamento de salários “não é uma decisão política”. “Com dinheiro, quando eu era prefeito (de Caxias do Sul), fazia (o pagamento) normalmente”, disse. Leite ampliou as críticas ao atraso salarial em, em aceno aos funcionários públicos, assegurou que o pagamento dos servidores será uma prioridade em sua gestão.
Na terceira parte do programa, as investidas continuaram. Sartori lembrou que o PSDB ajudou a barrar a realização do plebiscito para a privatização ou federalização de estatais na Assembleia Legislativa e assegurou que a medida é necessária para a adesão ao pré-acordo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Leite respondeu que a proposta deveria ter sido feita no início do governo e se mostrou favorável à desestatização, desde que os recursos obtidos não sejam direcionados ao caixa único. Em outra sinalização aos funcionários públicos, o tucano se disse preocupado com o destino dos servidores das estatais que podem ser privatizadas.
Principal bandeira da campanha do emedebista à reeleição, o RRF também foi apreciado pelos candidatos. Enquanto Sartori garantiu que, com a adesão, o estado vai deixar de pagar R$ 11,3 bilhões em três anos à União, Leite disse que o plano, por si, não é suficiente para recuperar as finanças do Estado.
No encerramento do debate, o candidato do PSDB se comprometeu a reduzir a carga tributária do Estado a médio prazo e facilitar o ambiente de negócios no Rio Grande do Sul. “Propomos a manutenção das atuais alíquotas de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por dois anos, para que o governo promova a readequação fiscal”, indicou Leite. Sartori rejeitou a ideia, explicando que “não cabe outra alternativa” à manutenção das atuais alíquotas do tributo. “Não vou ser cínico a ponto de achar que o Estado pode perder os recursos que tem hoje”, encerrou o governador.
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