Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 14 de Outubro de 2018 às 23:47

Diretórios gaúchos dos partidos definem apoio a presidenciáveis

Carlos Villela
Os principais partidos políticos já definiram, no Rio Grande do Sul, quem irão apoiar no segundo turno da disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Apesar de muitas legendas terem liberado filiados no plano nacional, os diretórios regionais optaram por se posicionar, o que pode ser decisivo no resultado do segundo turno.
Os principais partidos políticos já definiram, no Rio Grande do Sul, quem irão apoiar no segundo turno da disputa presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Apesar de muitas legendas terem liberado filiados no plano nacional, os diretórios regionais optaram por se posicionar, o que pode ser decisivo no resultado do segundo turno.
Nacionalmente, a coligação de Haddad tem apenas três partidos (PT, PCdoB e Pros), enquanto a de Bolsonaro tem dois (PSL e PRTB). Mas ambos devem ampliar sua coalizão, especialmente o candidato do PSL.
{'nm_midia_inter_thumb1':'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2018/10/14/206x137/1_palanque-8507584.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5bc3dabe7b1ae', 'cd_midia':8507584, 'ds_midia_link': 'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2018/10/14/palanque-8507584.jpg', 'ds_midia': 'Palanque presidenciaveis', 'ds_midia_credi': 'ARTE JULIANO BRUNI/JC', 'ds_midia_titlo': 'Palanque presidenciaveis', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '574', 'cd_midia_h': '748', 'align': 'Left'}
No Estado, Bolsonaro larga na frente, com uma vantagem ainda maior do que a do cenário nacional. No primeiro turno, o candidato do PSL venceu a disputa no Rio Grande do Sul com 52,63% dos votos válidos. E, agora, já garantiu o apoio dos candidatos que estão no segundo turno do Piratini: o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o governador José Ivo Sartori (MDB).
Partido com o maior número de prefeitos gaúchos, o PP, que declarou isenção no segundo turno nacional, manteve a tendência mais conservadora no Rio Grande do Sul e garantiu apoio a Bolsonaro no segundo turno. Ainda no primeiro turno, parte da sigla já havia aderido abertamente ao candidato, mesmo tendo a senadora Ana Amélia Lemos como candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), caso do senador eleito Luis Carlos Heinze. O fenômeno não foi só gaúcho, pois o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, apoiou Haddad publicamente em um ato no Piauí. À época, Ana Amélia minimizou os apoios.
De acordo com o deputado federal Carlos Gomes, presidente do PRB gaúcho, a decisão de apoiar Bolsonaro em conjunto com a coligação de Leite foi feita porque as legendas acreditam que o candidato do PSL, mesmo com "todos os defeitos que possa ter, ainda é o melhor projeto pra ser votado".
Do lado de Haddad, os partidos da extrema-esquerda, que, normalmente, pregam o voto nulo ou neutralidade no segundo turno das eleições, desta vez, aderiram ao candidato do PT, mais como um posicionamento anti-Bolsonaro. O PSOL e o PSTU seguiram essa tendência de votar em Haddad.
O PDT, de Ciro Gomes, já havia anunciado um apoio crítico ao candidato do PT. A decisão deve ser seguida pelo diretório estadual, que anuncia hoje seu posicionamento sobre a disputa ao Piratini. A tendência é oficializar o apoio a Haddad com ressalvas.
Os diretórios estaduais dos chamados partidos do centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) - que estavam com Alckmin no primeiro turno e estão neutros nacionalmente neste segundo turno - já estão decidindo os apoios. O DEM gaúcho apoiava Bolsonaro desde o primeiro turno, e o deputado federal reeleito Onyx Lorenzoni foi um dos maiores cabos eleitorais e um dos coordenadores da campanha do candidato do PSL. Onyx é cotado como possível chefe da Casa Civil em um governo Bolsonaro.
Mas, mesmo entre aliados, ainda há divergências sobre a posição nacional. Isso acontece nas coligações de Sartori e Leite. O apoio do governador a Bolsonaro incomodou uma parcela do PSB, seu aliado desde a eleição passada, mas que, nacionalmente, declarou apoio a Haddad e liberou apenas os diretórios de São Paulo e do Distrito Federal, nos quais disputa o segundo turno das eleições para governador.
No Rio Grande do Sul, o movimento interno do PSB "Levanta, Rio Grande!", composto por nomes como Hermes Zaneti e o deputado Heitor Schuch, havia solicitado que o partido fosse retirado da coligação, possibilidade negada pelo presidente estadual do PSB Mario Bruck.
Na chapa de Leite, a Rede divulgou, através de seu diretório estadual, uma nota se distanciando do posicionamento da coligação, ressaltando que não está com Bolsonaro, mas reiterou apoio ao tucano. Antes do primeiro turno, o partido fundado por Marina Silva já havia se distanciado da candidatura de Heinze ao Senado por divergências ideológicas. Nacionalmente, o partido se manteve independente, mas pediu o não voto em Bolsonaro.
O Novo declarou independência nacionalmente, mas lideranças como o candidato a governador Mateus Bandeira e o deputado federal eleito Marcel van Hattem apoiam Bolsonaro. O PR ainda deve se reunir para definir sua posição em relação à eleição nacional, e o Solidariedade vai tomar decisão nesta semana.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO