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Política

- Publicada em 09 de Outubro de 2018 às 22:19

Quatro bancadas do Parlamento diminuíram

PT perdeu três cadeiras; PDT, quatro; PP e PTB fizeram um a menos

PT perdeu três cadeiras; PDT, quatro; PP e PTB fizeram um a menos


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
Marcus Meneghetti
Quatro bancadas da Assembleia Legislativa vão encolher na próxima legislatura, por conta do resultado das eleições deste domingo. A do PT, que atualmente tem 11 deputados estaduais, elegeu oito parlamentares para o próximo mandato. A do PDT reduziu pela metade: ocupava oito cadeiras e vai ocupar quatro a partir de 1 de janeiro de 2019. O PP perdeu um parlamentar, passando de sete para seis assentos no Parlamento. O PTB também elegeu um deputado a menos e vai ter cinco nomes na próxima legislatura.
Quatro bancadas da Assembleia Legislativa vão encolher na próxima legislatura, por conta do resultado das eleições deste domingo. A do PT, que atualmente tem 11 deputados estaduais, elegeu oito parlamentares para o próximo mandato. A do PDT reduziu pela metade: ocupava oito cadeiras e vai ocupar quatro a partir de 1 de janeiro de 2019. O PP perdeu um parlamentar, passando de sete para seis assentos no Parlamento. O PTB também elegeu um deputado a menos e vai ter cinco nomes na próxima legislatura.
A deputada Juliana Brizola (PDT), reeleita com 43.822, atribui o encolhimento da bancada do seu partido a dois fatores. O primeiro é a candidatura a deputado federal de nomes que, quando disputavam as vagas na Assembleia, atraiam um grande volume de votos à legenda aqui no Estado. Por exemplo, o nome do presidente do Parlamento, Marlon Santos (PDT), que se elegeu deputado federal neste pleito, com 116.483 mil votos.
"Faltou um estudo do partido para recolocar nomes com densidade eleitoral na disputa ao Legislativo estadual. Nomes que compensassem os votos perdidos com o lançamento a deputado federal de alguns colegas", analisou Juliana. 
O outro elemento é à falta de um posicionamento do partido quanto ao primeiro mandato do governo José Ivo Sartori (MDB), que disputa o segundo turno das eleições estaduais com o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB). Os pedetistas ingressaram na gestão do emedebista em 2015 e foram fundamentais para aprovar medidas como o aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2016. Saíram da gestão em 2017 para lançar Jairo Jorge à disputa ao Palácio Piratini. 
"Faltou ao PDT se posicionar claramente em relação ao governo Sartori. Começamos no governo. Depois saímos para concorrer. Mas, na minha avaliação, muitos colegas não saíram do governo. Então, em um momento, o PDT parecia uma coisa. Em outro, parecia outra. A população quer um posicionamento, isso ficou claro nessa eleição", avaliou. 
O deputado reeleito Edegar Pretto - o mais votado da bancada do PT pela terceira vez, somando 91.471 votos neste pleito - avalia que a diminuição da bancada petista se deve, principalmente, à polarização política no Brasil. Na avaliação de Pretto, a polarização levou a críticas exasperadas ao partido, associando a legenda a escândalos de corrupção e à crise econômica no País.
"Houve um acirramento político muito forte, o que nos estreitou. Foi colocado em nós todos os problemas do Brasil e até do mundo. Era inclusive o que falavam para justificar o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT)", avaliou o deputado do PT.
Frederico Antunes (PP) - reeleito com 33.691 votos - acredita que o seu partido acabou afetado pelo fenômeno da candidatura à presidência da República de Jair Bolsonaro (PSL). Os votos de centro-direita migraram de siglas tradicionais, como o PP, para legendas menores que se associaram à imagem de Bolsonaro, como por exemplo o PSL - que elegeu uma bancada de quatro parlamentares. "Acho que alguns votos acabaram migrando mesmo para o PSL, por conta do fenômeno Bolsonaro", falou Antunes.
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