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Política

- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 22:40

Cinco vereadores de Porto Alegre mudam de legislativo

Melchionna (atrás de Ricardo Gomes) assume vaga na Câmara, e Sofia Cavedon e Thiago (direita) vão à AL

Melchionna (atrás de Ricardo Gomes) assume vaga na Câmara, e Sofia Cavedon e Thiago (direita) vão à AL


LEONARDO CONTURSI/CMPA/DIVULGAÇÃO/JC
Diego Nuñez
Dos 20 vereadores de Porto Alegre que concorreram no pleito do último final de semana, cinco foram eleitos. O número corresponde a 25% dos candidatos, porcentagem alta para a média histórica do Legislativo porto-alegrense. São quatro os que migrarão para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, enquanto uma parlamentar irá compor a bancada gaúcha na Câmara dos Deputados.
Dos 20 vereadores de Porto Alegre que concorreram no pleito do último final de semana, cinco foram eleitos. O número corresponde a 25% dos candidatos, porcentagem alta para a média histórica do Legislativo porto-alegrense. São quatro os que migrarão para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, enquanto uma parlamentar irá compor a bancada gaúcha na Câmara dos Deputados.
É Fernanda Melchionna (PSOL), vereadora mais votada em 2016, que conquistou a simpatia de mais de 2% dos eleitores da Capital e na época recebeu 14.630 votos. Agora em âmbito estadual, Melchionna, em porcentagens, manteve uma abrangência parecida de aprovação, tendo sido votada por 1,96% dos eleitores. Desta vez, fez 114.302 votos para deputada federal.
Na tribuna durante a sessão de ontem na Câmara Municipal, ela valorizou a eleição que fez o PSOL em todo o País. O partido aumentou de seis para 11 o número de cadeiras em Brasília e o lugar conseguido na bancada gaúcha pela legenda não existe na legislatura atual.
Mesmo eleita, para Melchionna, "Para mim, a eleição não acabou ontem. Agradeço os votos, mas não posso tratar como normal um segundo turno nós estamos vivendo no Brasil. Quem vota no Bolsonaro porque acha que ele é antissistema está cometendo um erro enorme, porque ele é a representação política mais podre de um sistema político que já é apodrecido".
A oposição ao governo de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) atual prefeito da cidade, perdeu algumas de suas principais lideranças após esta eleição. Além, de Melchionna, também foram eleitos Sofia Cavedon (PT), atual líder de oposição na Câmara, e Dr. Thiago Duarte (DEM), que apesar de não fazer parte da bancada oposicionista e sempre se declarar independente, tem sido um dos principais críticos à gestão tucana. Ambos os parlamentares foram eleitos para a Assembleia.
Sofia, votada 32.969 vezes no domingo, reconheceu que "a oposição poderá sentir um pouquinho no início. Esse conhecimento que a gente construiu com o conjunto dos vereadores, conjunto dos partidos, não é uma coisa automática".
"Mas", lembrou a petista, "a gente se elegeu para cuidar também de Porto Alegre, então vamos manter a parceria aqui com as bancadas". É nessa linha que também se posiciona Duarte. O DEM, que antes não tinha representações no Legislativo estadual, garantiu duas cadeiras, e, "na medida que a gente ganha representação na Assembleia Legislativa, a gente ganha a possibilidade de consolidar as melhorias e as políticas públicas nas localizações que a gente representa. No meu caso, em especial, Porto Alegre", declarou Duarte.
O futuro deputado atribui os 27.907 votos recebidos, principalmente, ao "trabalho que a gente tem feito nas regiões mais periféricas da cidade em defesa da saúde pública".
Se, por um lado, a oposição à Marchezan se saiu bem nas urnas, a base do governo também terá um vereador indo para a Assembleia: Elizandro Sabino (PTB) foi eleito deputado estadual. Sabino acredita que a vitória na eleição "foi o somatório de ações. Tanto enquanto vereador, quando fui muito atuante, quanto como secretário. As duas ações somadas".
Sabino alternou os últimos dois anos entre a Câmara e da prefeitura, onde foi o titular da pasta da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Smim). Apesar da dupla atuação em Porto Alege apenas 9 mil, dos 36.033 votos conseguidos no pleito, são da cidade. Aos votos no interior, Sabino atribui à "ligação com a igreja. Meu pai é pastor e eu sou evangelista", lembra.
Outro vereador que se deu bem no domingo foi Rodrigo Maroni (Pode). Ele subiu na tribuna do plenário Otávio Rocha para celebrar a eleição, mas disse não poder falar muito por "estar com a garganta estraçalhada, porque eu bebi até as 7h da manhã". Sempre defendendo a causa animal no Legislativo, Maroni disse ter ficado feliz não só a sua eleição, mas também a de demais defensores dos animais pelo Brasil.
Que assume no lugar de Maroni é o Professor Tovi, primeiro suplente da Rede, coligada ao PR na última eleição municipal, partido de Maroni à época. Para a cadeira vaga do PSOL, quem assumirá é Karen Santos, militante negra e feminista. O novo quadro do PT em 2019 será o Engenheiro Comassetto, que já foi vereador por quatro mandatos. No PTB, Luciano Marcantônio é o primeiro suplente, mas ele é o atual secretário municipal de Obras e Viação. Caso não continue na prefeitura, entra o policial civil e também petebista Rafão Oliveira. No DEM, Cládio Conceição, que é inspetor da Polícia Civil, assumirá na vaga deixada por Dr. Thiago Duarte.
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