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Eleições 2018

- Publicada em 07 de Outubro de 2018 às 23:00

Paulo Paim conquista terceiro mandato consecutivo no Senado

Candidato à reeleição, Paim conquistou a segunda vaga para o Senado

Candidato à reeleição, Paim conquistou a segunda vaga para o Senado


LUIZA PRADO/JC
Apesar de vitoriosa, a campanha pela reeleição de Paulo Paim acabou encerrada com contornos quase melancólicos. Mesmo garantindo o terceiro mandato consecutivo, com 1.875.182 votos (17,76%), o senador admitiu que estará quase sozinho em um cenário "delicado", na medida em que importantes nomes petistas, como Lindberg Farias e Eduardo Suplicy, não garantiam assento no Senado. "A onda Bolsonaro diminuiu muito o campo de atuação da centro-esquerda (no Congresso)", lamentou. Cotado como favorito pelas pesquisas anteriores ao pleito, ele acabou ficando com a segunda vaga, superado por Luis Carlos Heinze (PP).
Apesar de vitoriosa, a campanha pela reeleição de Paulo Paim acabou encerrada com contornos quase melancólicos. Mesmo garantindo o terceiro mandato consecutivo, com 1.875.182 votos (17,76%), o senador admitiu que estará quase sozinho em um cenário "delicado", na medida em que importantes nomes petistas, como Lindberg Farias e Eduardo Suplicy, não garantiam assento no Senado. "A onda Bolsonaro diminuiu muito o campo de atuação da centro-esquerda (no Congresso)", lamentou. Cotado como favorito pelas pesquisas anteriores ao pleito, ele acabou ficando com a segunda vaga, superado por Luis Carlos Heinze (PP).
A diminuição da bancada de centro-esquerda no Senado é, segundo Paim, um demonstrativo do desgaste dos partidos políticos tradicionais. "Não há um projeto claro (em torno de Bolsonaro). Trata-se apenas de criminalizar a política no Brasil, fortalecendo um salvador da pátria". Segundo ele, será preciso "sentar, refletir e definir como atuar" diante de tal cenário.
Mesmo com a reeleição garantida, Paim esperou bastante tempo antes de falar à imprensa, na noite de ontem. Ele e o candidato petista ao Piratini, Miguel Rossetto, preferiram aguardar a definição do cenário nacional, em especial a incerteza sobre um eventual segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Durante toda a noite, a alegria com a reeleição se fez pouco visível, encoberta pela tensão em torno da possibilidade da disputa pelo Planalto ser definida em primeiro turno.
Paim deu início ao dia de votações ao lado de Rossetto e de Manuela D’Ávila, candidata a vice-presidência da República pelo PCdoB na chapa liderada por Fernando Haddad (PT). Paim se mostrou confiante no processo democrático e, apesar de reconhecer a posição vantajosa, afirmou que "eleição se faz nas urnas."
O senador petista era o único gaúcho concorrendo à reeleição neste ano. Uma de suas principais bandeiras é a revogação da Emenda Constitucional nº 95, que estabelece um teto aos gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Quatro décadas no Congresso

Ao conquistar o terceiro mandato para o Senado Federal, o caxiense Paulo Paim irá completar, daqui a oito anos, 40 anos dedicados ao Congresso Nacional: serão 24 anos atuando como senador e outros 16 anos desenvolvendo atividades como deputado federal. Ele é filiado ao PT desde 1985.