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Eleições 2018

- Publicada em 07 de Outubro de 2018 às 23:00

Heinze surpreende e conquista vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul

Candidato do PP a senador votou na manhã de domingo em São Borja, seu domicílio eleitoral

Candidato do PP a senador votou na manhã de domingo em São Borja, seu domicílio eleitoral


/CAMILA AQUINO/DIVULGAÇÃO/JC
Ao contrário do que apontavam as pesquisas eleitorais, que o colocavam em quarto lugar, o candidato Luis Carlos Heinze (PP) superou adversários como Paulo Paim (PT), José Fogaça (MDB) e Beto Albuquerque (PSB) na corrida ao Senado, sendo o mais votado, com 2.316.177 votos (21,94%).
Ao contrário do que apontavam as pesquisas eleitorais, que o colocavam em quarto lugar, o candidato Luis Carlos Heinze (PP) superou adversários como Paulo Paim (PT), José Fogaça (MDB) e Beto Albuquerque (PSB) na corrida ao Senado, sendo o mais votado, com 2.316.177 votos (21,94%).
Apesar de destacar o intenso trabalho de sua campanha e sua inserção no Interior do Estado, não há como negar a surpresa do resultado. Heinze não tinha planejado entrevista coletiva da vitória e estava em São Borja, seu domicílio eleitoral, quando soube do resultado.
Às 19h10min, já com a sua eleição confirmada matematicamente, Heinze enviou um áudio de WhatsApp para a imprensa. Na mensagem, o senador eleito ressaltava que os números comprovavam o que a pesquisa de boca de urna apontava, quando foi liberada no começo da apuração (22% das intenções de voto). "Estou extremamente satisfeito, agradecido a todas as pessoas que acreditaram que a gente poderia chegar lá", ressaltou.
Heinze enfatizou ainda que as pesquisas mostravam, inicialmente, um percentual de 5% a 6% de votos para a sua candidatura. "E chegamos na frente, as pesquisas estavam erradas", comemorou. O hoje ainda deputado federal pelo PP destaca que está na sétima eleição, sem perder uma sequer.
Depois, em entrevista ao Jornal do Comércio por telefone, Heinze lembrou que, anteriormente, estava pelo PP como candidato ao governo do Estado. No entanto, com a senadora Ana Amélia Lemos (PP) deixando de concorrer à reeleição para assumir o lugar de vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), Heinze foi deslocado para a candidatura ao Senado. "Quem sabe se mantivesse a coligação com o Bolsonaro, não seria Heinze e Sartori no segundo turno?", especula. O senador eleito reforça que apoiará Jair Bolsonaro (PSL) e Eduardo Leite (PSDB) nessa próxima etapa da campanha.
Entre as suas principais metas no Congresso, Heinze cita o auxílio na renegociação da dívida do Rio Grande do Sul, independentemente do governador eleito.
Natural de Candelária, o senador eleito nasceu no dia 14 de setembro de 1950. Em 1973, formou-se em engenharia agronômica na Universidade Federal de Santa Maria. Fixou residência em São Borja, onde iniciou os trabalhos profissionais de planejamento e assistência técnica aos produtores rurais.
Desde 1999, exerce o cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Foi prefeito de São Borja, no período de 1993 a 1996. Entre suas principais bandeiras, estão ações envolvendo a área rural.
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Efeito Bolsonaro

Luis Carlos Heinze acertou em cheio ao colar sua imagem à do presidenciável Jari Bolsonaro (PSL): tanto ele quanto Carmen Flores (PSL), que ficou em quarto lugar na disputa pelo Senado, foram beneficiados pelo grande impulso que vários políticos, Brasil afora, receberam da candidatura de Bolsonaro.

Citado entre favoritos, Fogaça amarga o quinto lugar

Político sofreu a terceira derrota eleitoral na década

Político sofreu a terceira derrota eleitoral na década


/MARCO QUINTANA/JC
Em segundo lugar nas pesquisas até o sábado, véspera da eleição, José Fogaça (MDB) viu ruir, no domingo, o seu desejo de voltar a ser senador, cargo que ocupou entre 1987 e 2003. Fogaça terminou a disputa em quinto lugar, resultado recebido com resignação pelo partido. "Não era o que gostaríamos, mas temos que aceitar, é a população que escolhe quem ela acha melhor", afirmou o candidato à reeleição ao Piratini, José Ivo Sartori (MDB), que centralizou as falas na coletiva de balanço dos resultados da coligação Rio Grande no Rumo Certo.
Entre a coordenação da campanha, a avaliação era de que a aproximação do adversário Luis Carlos Heinze (PP) com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) solapou as candidaturas da coligação, movimento que já era captado nas pesquisas internas do partido.
Pela manhã, Fogaça votou na Escola Estadual Uruguai, na Capital, acompanhado da família, e criticou o que chamou de 'mosaico partidário' atual. "Temos agora uma fragmentação terrível, com os conflitos chegando ao mais duro radicalismo e a sociedade dividida", afirmou Fogaça.
Quadro histórico do MDB gaúcho, José Fogaça acumula a sua terceira derrota eleitoral na década. Desde que renunciou à prefeitura de Porto Alegre, para a qual se elegeu duas vezes consecutivas, em 2004 e 2008, Fogaça perdeu em primeiro turno a disputa ao governo estadual, em 2010, para Tarso Genro (PT), e acabou na suplência para a Câmara dos Deputados em 2014. Aos 71 anos de idade, Fogaça não adiantou qual será seu futuro político.