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Política

- Publicada em 05 de Outubro de 2018 às 00:34

Último dia na TV é marcado por ataques

Bruna Suptitz
O último dia de propaganda eleitoral na TV dos candidatos à presidência da República, que foi ao ar nesta quinta-feira, foi marcado pelo diálogo direto com o eleitor, o apelo pela decisão do voto nos dias que antecedem o pleito e discurso contra o ódio - as referências apareceram nas falas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
O último dia de propaganda eleitoral na TV dos candidatos à presidência da República, que foi ao ar nesta quinta-feira, foi marcado pelo diálogo direto com o eleitor, o apelo pela decisão do voto nos dias que antecedem o pleito e discurso contra o ódio - as referências apareceram nas falas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT).
O líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) - que no primeiro turno teve oito segundos de propaganda - menor tempo entre os mais bem colocados -, mudou o conteúdo apresentado em relação aos demais programas que foram ao ar nos últimos 35 dias.
Nesta quinta-feira, a estratégia foi rebater as críticas dos opositores, atribuindo a eles a propagação de "mentiras, calúnias e perseguição" e dizendo, sem fazer referência a quem, que "tentaram até tirar a vida dele". "O sistema não quer Bolsonaro, mas o povo quer. E quem decide é o povo", concluiu a propaganda, exibindo uma imagem aérea em que o candidato aparece em meio a uma multidão de apoiadores, a mesma utilizada em programas anteriores. A aparição do candidato do PSL foi a última, dentre todos os presidenciáveis, a ir ao ar nesta quinta-feira. Antes, ele já havia sido criticado, direta ou indiretamente, por todos os seus opositores.
Em 21 segundos, Marina apelou aos eleitores para "deixar o passado para trás". "Daqui a três dias vamos votar. Convoco todos os que sabem que o ódio não constrói o futuro", disse a candidata.
Na sequência falou Ciro, terceiro colocado nas pesquisas e que, durante todo o primeiro turno, usou seus 38 segundos para falar diretamente com a câmera. Nesta quinta-feira ele optou por criticar a polarização entre PT e Bolsonaro, apresentando-se como alternativa. O pedetista utilizou os cenários das pesquisas que projetam o segundo turno, em que aprece à frente do candidato do PSL e pediu: "para isso, preciso do seu voto já no primeiro turno".
Com o maior tempo de TV - cinco minutos e 32 segundos -, Geraldo Alckmin manteve a estratégia de ataque a Bolsonaro, buscando conquistar o eleitorado antipetista. Após acusar o candidato do PSL de propagar fake news, a candidata a vice, Ana Amélia Lemos (PP), apareceu para sustentar que, "se você não quer o PT de volta, o voto certo é Geraldo Alckmin".
Mesmo com o apelo midiático da propaganda e das inserções ao longo da programação nas emissoras abertas de rádio e televisão, o candidato tucano não conseguiu avançar nas intenções de voto, permanecendo como quarto colocado nas sondagens mais recentes. Um dado do Datafolha, em que parte dos eleitores decide o candidato na semana que antecede a eleição e o potencial de mudança de voto, foi usado pelo candidato. "Pesquisas mostram que Alckmin vence o PT e também Bolsonaro. Está nas suas mãos virar esse jogo. É possível, dá tempo", apelou a apresentadora.
Já a propaganda do PT, que contou com falas diretas para a câmera de Haddad e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também dedicou parte dos dois minutos e 23 segundos a críticas a Bolsonaro. A propaganda de Haddad encerrou apresentando o posicionamento contrário do adversário em temas como salário-mínimo e combate à pobreza. "Não vote em quem sempre votou contra você", concluiu.
Antes, o candidato petista, em segundo lugar nas intenções de voto, sustentou que "urna não é lugar de depositar ódio. É lugar de depositar esperança". Em sua aparição, Lula fez referência ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao dizer que "é hora de levantar a cabeça e reconstruir a nossa democracia elegendo diretamente um novo presidente".
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