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Política

- Publicada em 04 de Outubro de 2018 às 18:19

Pesquisas indicam que renovação no Senado deverá ser menor nesta eleição

A partir de pesquisas do Ibope, o JC apurou que renovação no Senado Federal ficará entre 54%

A partir de pesquisas do Ibope, o JC apurou que renovação no Senado Federal ficará entre 54%


Ana Volpe/Senado/Divulgação/JC
Paulo Serpa Antunes
Os movimentos populares de 2013, os protestos contra a corrupção de 2016 e mesmo as denúncias da Operação Lava Jato, apesar de apontarem para o descrédito da população com a classe política, não devem mudar radicalmente a composição do Senado Federal em 2019. A partir de dados das pesquisas do Ibope nos 26 estados e no Distrito Federal entre setembro e outubro, o Jornal do Comércio apurou que, dos 32 senadores que tentam a reeleição, entre 16 e 24 deverão ser reeleitos. Com isso, a renovação deverá ficar em torno de 55%.
Os movimentos populares de 2013, os protestos contra a corrupção de 2016 e mesmo as denúncias da Operação Lava Jato, apesar de apontarem para o descrédito da população com a classe política, não devem mudar radicalmente a composição do Senado Federal em 2019. A partir de dados das pesquisas do Ibope nos 26 estados e no Distrito Federal entre setembro e outubro, o Jornal do Comércio apurou que, dos 32 senadores que tentam a reeleição, entre 16 e 24 deverão ser reeleitos. Com isso, a renovação deverá ficar em torno de 55%.
Confirmados os resultados das pesquisas, a mudança será, portanto, menor do que a ocorrida na última eleição em que houve a renovação de dois terços dos assentos da Casa. Em outubro de 2010, a renovação no Senado, através do voto, foi de 69%.
Das 54 cadeiras em disputa, em no mínimo 22 haverá renovação, em razão da desistência dos parlamentares de buscar mais um mandato. É o caso dos senadores que optaram por, ao invés de disputar a reeleição, concorrer ao governador - caso de João Capiberibe (PSB) no Amapá, Armando Monteiro (PTB) em Pernambuco e Eduardo Amorim (PSDB) no Sergipe. Ou ainda da gaúcha Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB).
Já Aécio Neves (PSDB-MG), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Agripino Maia (DEM-RN) decidiram disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados, reduzindo o desgaste e testando a popularidade, arranhada pelas denúncias da Lava Jato. Lídice da Mata (PSB-BA) é outra senadora que pretende migrar para a Câmara.
A estratégia de Aécio, Gleisi e Lídice de tentar se eleger deputado federal também será usada por outros dois senadores suplentes: Hélio José (PROS-DF) e José Medeiros (PODE-MT). Já Regina Souza (PT-PI) tenta trocar o Legislativo pelo cargo de vice-governadora do Piauí. Reditário Cassol (PP-RO), Cidinho Santos (PR-MT), Pedro Chaves (PRB-MS), Airton Sandoval (MDB-SP), Roberto Muniz (PP-BA), Zezé Perrella (MDB-MG), Raimundo Lira (PSD-PB), Dalírio Beber (PSDB) e João Alberto Souza (MDB-MA) não disputarão esta eleição. 
Outros nomes fora da disputa são o de Marta Suplicy (MDB-SP), que desfiliou do partido às vésperas da convenção, desistindo de concorrer ao Senado e anunciando seu afastamento da política partidária, e o de José Pimentel (PT-CE), que teve sua candidatura vetada pelo partido, em razão de uma aliança regional com o PSB. 
São 32 senadores que buscam a reeleição – em 2010, eram 28. Na Região Norte, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo Braga (MDB-AM) e Vicentinho (PR-TO) devem ser reeleitos. Já os candidatos ligados a partidos de esquerda enfrentam mais dificuldades. Jorge Viana (PT) aparecia em terceiro lugar nas pesquisas ao Senado no Acre. No Amazonas, Vanessa Grazziotin (PCdoB) também recuou para a terceira colocação, um ponto percentual atrás do segundo colocado, na pesquisa Ibope divulgada em 18 de setembro.
Em Rondônia, Valdir Raupp (MDB-RO) aparece em segundo lugar nas pesquisas. Mais complicada é a situação em Roraima, onde Ângela Portela (PDT) e Romero Jucá (MDB) disputam voto a voto com outros três candidatos, numa das eleições mais acirradas do país.
No Pará, Jader Barbalho (MDB), apesar de ser o senador líder em faltas, está encaminhando com tranquilidade sua reeleição. Já Flexa Ribeiro (PSDB) sofre forte concorrência de pelo menos outros quatro adversários. Outro tucano com grandes dificuldades é Ataídes Oliveira, no Tocantins – que é apenas o sexto colocado na pesquisa do Ibope divulgada em 21 de setembro.
Na Região Centro-Oeste a renovação poderá ser total. No Mato Grosso, as duas cadeiras serão ocupadas por novos senadores. No Distrito Federal, Cristovam Buarque (PPS) aparece em terceiro lugar nas pesquisas. No Mato Grosso do Sul, Moka (MDB) é o terceiro colocado, a 11 pontos percentuais do segundo lugar. Quem também tenta voltar é Delcidio Amaral (PTC) – o senador foi cassado em 2016, recuperou os direitos políticos e tenta retomar a carreira, mas é apenas o quarto colocado nas pesquisas.
Também é difícil a situação de Lúcia Vânia (PSDB) em Goiás – em agosto era a segunda colocada nas pesquisas, mas no levantamento do dia 21 de setembro do Ibope aparecia em quarto lugar. Wilder Morais (DEM) aparece ainda mais atrás nas pesquisas.
Na Região Sudeste, o estado do Espírito Santo será um dos poucos onde não deverão acontecer mudanças – as pesquisas apontam que Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) estão praticamente garantidos na próxima legislatura.
Em Minas Gerais e São Paulo, a renovação será total – abrindo a possibilidade para Dilma Rousseff (PT-MG) voltar à vida pública como senadora, um ano e meio após o impeachment. A renovação também pode acontecer no Rio de Janeiro, já que Lindbergh Farias (PT) aparece em terceiro nas pesquisas, e Eduardo Lopes (PRB) é apenas o 10º colocado no último levantamento do Ibope.
Na Região Sul, as pesquisas apontam que Paulo Paim (PT-RS) e Roberto Requião (MDB-PR) devem garantir a reeleição – se confirmado, será o terceiro mandato do gaúcho e o segundo do paranaense. Em Santa Catarina, Paulo Bauer (PSDB) ainda luta para manter o mandato, mas apareceem terceiro nas pesquisas.
A curiosidade na Região Sul é que este processo de renovação não significa necessariamente que uma nova geração de políticos desembarcará em Brasília: o líder nas pesquisas no Rio Grande do Sul é José Fogaça (MDB), senador entre 1987 e 2003, e em Santa Catarina é Amin, que foi senador entre 1991 e 1999.
CADEIRAS EM DISPUTA NO SENADO
Acre
  • SÉRGIO PETECÃO - Boas chances de reeleição
  • JORGE VIANA - Alguma chance de reeleição
Alagoas
  • RENAN CALHEIROS - Boas chances de reeleição
  • BENEDITO DE LIRA - Poucas chances de reeleição
Amazonas
  • VANESSA GRAZZIOTIN - Alguma chance de reeleição
  • EDUARDO BRAGA - Boas chances de reeleição
Amapá
  • JOÃO CAPIBERIBE - Não disputa a reeleição
  • RANDOLFE - Boas chances de reeleição
Bahia
  • LIDICE DA MATA - Não disputa a reeleição
  • ROBERTO MUNIZ - Não disputa a reeleição
Ceará
  • EUNÍCIO OLIVEIRA - Boas chances de reeleição
  • JOSÉ PIMENTEL - Não disputa a reeleição
Distrito Federal
  • CRISTOVAM BUARQUE - Alguma chance de reeleição
  • HÉLIO JOSÉ - Não disputa a reeleição
Espírito Santo
  • RICARDO FERRAÇO - Boas chances de reeleição
  • MAGNO MALTA - Boas chances de reeleição
Goiás
  • WILDER MORAIS - Poucas chances de reeleição
  • LÚCIA VÂNIA - Poucas chances de reeleição
Maranhão
  • JOÃO ALBERTO SOUZA - Não disputa a reeleição
  • EDISON LOBÃO - Boas chances de reeleição
Minas Gerais
  • ZEZÉ PERRELA - Não disputa a reeleição
  • AÉCIO NEVES - Não disputa a reeleição
Mato Grosso do Sul
  • MOKA - Poucas chances de reeleição
  • PEDRO CHAVES - Não disputa a reeleição
Mato Grosso
  • JOSÉ MEDEIROS - Não disputa a reeleição
  • CIDINHO SANTOS - Não disputa a reeleição
Pará
  • JADER BARBALHO - Boas chances de reeleição
  • FLEXA RIBEIRO - Alguma chance de reeleição
Paraíba
  • RAIMUNDO LIRA - Não disputa a reeleição
  • CÁSSIO CUNHA LIMA - Boas chances de reeleição
Pernambuco
  • HUMBERTO COSTA - Boas chances de reeleição
  • ARMANDO MONTEIRO - Não disputa a reeleição
Piauí
  • CIRO NOGUEIRA - Boas chances de reeleição
  • REGINA SOUZA - Não disputa a reeleição
Paraná
  • ROBERTO REQUIÃO - Boas chances de reeleição
  • GLEISI HOFFMANN - Não disputa a reeleição
Rio de Janeiro
  • EDUARDO LOPES - Poucas chances de reeleição
  • LINDBERGH FARIAS - Poucas chances de reeleição
Rio Grande do Norte
  • JOSÉ AGRIPINO MAIA - Não disputa a reeleição
  • GARIBALDI ALVES FILHO - Poucas chances de reeleição
Rio Grande do Sul
  • ANA AMELIA DE LEMOS - Não disputa a reeleição
  • PAULO RENATO PAIM - Boas chances de reeleição
Rondônia
  • VALDIR RAUPP - Alguma chance de reeleição
  • REDITÁRIO CASSOL - Não disputa a reeleição
Roraima
  • ROMERO JUCÁ - Alguma chance de reeleição
  • ÂNGELA PORTELA - Alguma chance de reeleição
Santa Catarina
  • DALÍRIO BEBER - Não disputa a reeleição
  • PAULO ROBERTO BAUER - Alguma chance de reeleição
Sergipe
  • ANTONIO CARLOS VALADARES - Boas chances de reeleição
  • EDUARDO AMORIM - Não disputa a reeleição
São Paulo
  • AIRTON SANDOVAL - Não disputa a reeleição
  • MARTA SUPLICY - Não disputa a reeleição
Tocantins
  • ATAÍDES OLIVEIRA - Poucas chances de reeleição
  • VICENTINHO - Boas chances de reeleição

Outros 17 senadores em mandato disputam cargos no Poder Executivo

Além das 54 cadeiras ao Senado em disputa, outros 17 senadores poderão se afastar do cargo ao término desta legislatura. Eleitos em 2014, estes parlamentares estão disputando cargos executivos – caso eleitos, se afastarão do senado, abrindo vaga para um suplente. É o caso de Alvaro Dias (PODE-PR), candidato a presidência, e de Kátia Abreu (PDT-TO), candidata a vice na chapa de Ciro Gomes (PDT).
A grande maioria dos candidatos disputa o governo de seus respectivos estados. É o caso Gladson Cameli (PP-AC), Omar Aziz (PSD-AM), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Rose de Freitas (PODE-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Roberto Rocha (PSB-MA), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Wellington Fagundes (PR-MT), Paulo Rocha (PT-PA), José Maranhão (MDB-PB), Elmano Férrer (PODE-PI), Romário (PODE-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Telmário Mota (PDT-RR).
O número poderia ser ainda maior: Fernando Collor (PTC) saiu candidato ao governo de Alagoas mas, alegando falta de apoio dos partidos de sua base, desistiu da disputa.
SENADORES NA METADE DO MANDATO
Acre
  • GLADSON CAMELI - Candidato a governador
Alagoas
  • FERNANDO COLLOR - Desistiu de concorrer ao governo de Alagoas
Amazonas
  • OMAR AZIZ - Candidato a governador
Amapá
  • DAVI ALCOLUMBRE - Candidato a governador
Bahia
  • OTTO ALENCAR - Não disputa esta eleição
Ceará
  • TASSO JEREISSATI - Não disputa esta eleição
Distrito Federal
  • REGUFFE - Não disputa esta eleição
Espírito Santo
  • ROSE DE FREITAS - Candidata a governadora
Goiás
  • RONALDO CAIADO - Candidato a governador
Maranhão
  • ROBERTO ROCHA - Candidato a governador
Minas Gerais
  • ANTONIO ANASTASIA - Candidato a governador
Mato Grosso do Sul
  • SIMONE TEBET - Não disputa esta eleição
Mato Grosso
  • WELLINGTON FAGUNDES - Candidato a governador
Pará
  • PAULO ROCHA - Candidato a governador
Paraíba
  • JOSÉ MARANHÃO - Candidato a governador
Pernambuco
  • FERNANDO BEZERRA COELHO - Não disputa esta eleição
Piauí
  • ELMANO FÉRRER - Candidato a governador
Paraná
  • ALVARO DIAS - Candidato a presidente pelo Podemos
Rio de Janeiro
  • ROMÁRIO - Candidato a governador
Rio Grande do Norte
  • FÁTIMA BEZERRA - Candidata a governadora
Rio Grande do Sul
  • LASIER MARTINS - Não disputa esta eleição
Rondônia
  • ACIR GURGACZ - Candidato a governador
Roraima
  • TELMÁRIO MOTA - Candidato a governador
Santa Catarina
  • DÁRIO BERGER - Não disputa esta eleição
Sergipe
  • MARIA DO CARMO - Não disputa esta eleição
São Paulo
  • JOSÉ SERRA - Não disputa esta eleição
Tocantins
  • KÁTIA ABREU - Candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes
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