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Política

- Publicada em 04 de Outubro de 2018 às 01:00

Candidatos elevam tom e trocam ataques no final da campanha

Jairo mirou contra concorrentes do MDB e PSDB; Sartori defendeu gestão na segurança pública; Leite acusou emedebista de atitude eleitoreira

Jairo mirou contra concorrentes do MDB e PSDB; Sartori defendeu gestão na segurança pública; Leite acusou emedebista de atitude eleitoreira


/LUIZA PRADO/JC
Marcus Meneghetti
Os candidatos ao governo do Estado trocaram ataques em um dos últimos eventos de campanha destinados a reunir os postulantes ao Palácio Piratini. Apesar de Miguel Rossetto (PT) e Mateus Bandeira (Novo) também terem sido convidados - não foram pois tinham outras agendas, conforme a organização do evento -, apenas o governador José Ivo Sartori (MDB), o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (PDT) compareceram ao painel promovido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL), na 49ª Convenção Estadual Lojista, na manhã de ontem, em Novo Hamburgo.
Os candidatos ao governo do Estado trocaram ataques em um dos últimos eventos de campanha destinados a reunir os postulantes ao Palácio Piratini. Apesar de Miguel Rossetto (PT) e Mateus Bandeira (Novo) também terem sido convidados - não foram pois tinham outras agendas, conforme a organização do evento -, apenas o governador José Ivo Sartori (MDB), o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge (PDT) compareceram ao painel promovido pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL), na 49ª Convenção Estadual Lojista, na manhã de ontem, em Novo Hamburgo.
Diante de uma plateia formada por lojistas de todo o Estado, cada candidato teve 10 minutos para expor sua plataforma de governo e outros 10 para responder a três perguntas formuladas pelos varejistas. Foi justamente na resposta às questões sobre o sistema tributário e a segurança pública que os candidatos atacaram os adversários.
O primeiro a participar foi Leite - que aparece em primeiro na mais recente pesquisa de intenção de voto, seguido de Sartori, Rossetto e Jairo Jorge. Ao ser questionado sobre suas propostas para segurança, o tucano criticou o governo Sartori por ter feito investimentos nessa área apenas no final da sua gestão.
"Há duas semanas das eleições, o governador anunciou o chamamento de concursados da Segurança. Isso é brincar com a inteligência do eleitor. Além disso, o efetivo das polícias tem que ser reposto ano a ano, por causa do tempo que leva para a formação dos policiais", alfinetou.
Ele também se defendeu das manifestações feitas por membros do governo do emedebista, que tentaram vincular Leite ao PT, por ter como vice o delegado Ranolfo Vieira (PTB) - que foi chefe da Polícia Civil durante a gestão Tarso Genro (PT, 2010-2014). Por exemplo, o secretário de Segurança, Cezar Schirmer (MDB), publicou, na sua conta no Twitter, no início do mês, que "segurança pública é um assunto muito sério e vem sendo tratado como prioridade pelo atual governo. Eleitoreiro é colocar de candidato a vice o chefe de polícia do governo do PT".
Ontem, o ex-prefeito de Pelotas justificou dizendo que "o Delegado Ranolfo não foi secretário de Segurança, foi chefe de polícia do Estado, não de um governo". Ao ser questionado sobre como seria o sistema tributário em um eventual governo, o tucano disse que pretende prorrogar por dois anos as atuais alíquotas de ICMS e, durante esse biênio, fazer reformas estruturantes que permitam revisar o sistema tributário gaúcho, tornando-o "mais inteligente".
As alíquotas foram majoradas em 2016, e o aumento do imposto vale até dezembro deste ano. Para que a alta se mantenha a partir de 1 de janeiro de 2019, o Palácio Piratini deve enviar um projeto com a prorrogação do ICMS à Assembleia Legislativa - e aprová-lo até o dia 31 de dezembro. 
Eduardo Leite foi aplaudido ao longo da sua explanação. Ao final da sua fala, encontrou Sartori no lado de fora do auditório onde acontecia o evento. Trocaram um rápido cumprimento. Em seguida, o emedebista subiu ao palco.
Quando respondeu a pergunta sobre segurança, o governador rebateu a crítica de Leite. "Alguns chamaram de eleitoreiro (o chamamento dos aprovados no concurso da polícia). Mas vamos deixar de fazer isso, impedindo que esses militares entrem na ativa já no ano que vem? Se tem o recurso, vamos fazendo o que é possível", disse.
Sobre o ICMS, justificou sua intenção de prorrogar as alíquotas majoradas, alegando que, "se mudar a planta atual do imposto, os municípios vão perder R$ 800 milhões". E arrematou: "Têm cidades que o repasse do ICMS representa 10% do orçamento da prefeitura".
Ao descer do palco, foi bastante aplaudido. Antes de ir embora, cumprimentou Jairo Jorge, que já se preparava para subir ao púlpito. O pedetista adotou um postura mais ofensiva do que no resto da campanha. Atacou tanto Sartori quanto Leite.
Quando falou das suas ideias sobre a questão tributária, defendeu a extinção do imposto de fronteira, o Difa (Diferencial de Alíquota). "Vou extinguir o Difa em quatro anos, reduzindo 25% ao ano. O Difa foi criado pela governadora Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010), mantido pelo Tarso, e o (ex-secretário da Fazenda de Sartori) Giovani Feltes (MDB) mudou de ideia sobre o imposto depois que sentou na cadeira da pasta. Pediu votos para vocês, varejistas, se manifestando contra o imposto, mas o manteve", falou - sendo bastante aplaudido.
Ao apresentar as propostas para a segurança - como a reforma do sistema prisional, inclusive com a criação de um presídio de segurança máxima -, o ex-prefeito de Canoas atacou Sartori por ter delegado o tema a seu vice José Paulo Cairoli (PSD) e a Schirmer. "Esse é um tema que não é para o secretário nem para o vice. Tem que ser comandado pelo próprio governador, pois demanda liderança", disse. Ao final da sua fala, foi ovacionado, tanto que demorou uns 20 minutos para conseguir sair do local, pois a plateia o parava para tirar fotos e conversar com ele. 
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