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Política

- Publicada em 03 de Outubro de 2018 às 01:00

Vices de Ciro e Alckmin atacam PT e se apresentam como terceira via

Manuela, Ana Amélia e Kátia participaram de debate de vices

Manuela, Ana Amélia e Kátia participaram de debate de vices


ANANDA MIGLIANO/FOLHAPRESS/JC
As candidatas a vice-presidente Ana Amélia (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), e Kátia Abreu (PDT), de Ciro Gomes (PDT), aproveitaram o debate realizado ontem para reforçar ataques à candidatura do PT, em uma tentativa de se viabilizarem como a terceira via da disputa. Líder nas pesquisas e sem representante no debate, Jair Bolsonaro (PSL) foi pouco atacado.
As candidatas a vice-presidente Ana Amélia (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), e Kátia Abreu (PDT), de Ciro Gomes (PDT), aproveitaram o debate realizado ontem para reforçar ataques à candidatura do PT, em uma tentativa de se viabilizarem como a terceira via da disputa. Líder nas pesquisas e sem representante no debate, Jair Bolsonaro (PSL) foi pouco atacado.
O encontro, organizado por Uol, Folha de S.Paulo e SBT, contou apenas com a participação de Ana Amélia, Kátia Abreu e Manuela d'Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT). Também foram convidados os vices Hamilton Mourão (PRTB), de Bolsonaro, e Eduardo Jorge (PV), de Marina Silva (Rede). Mourão recusou o convite porque, segundo ele, é Bolsonaro quem fala pela chapa. Jorge alegou incompatibilidade de agenda.
Amiga da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contrária ao impeachment, Kátia Abreu evitou fazer críticas ao PT pelo lado da corrupção. Sua estratégia foi questionar a capacidade de Haddad de governar o País, recorrendo à derrota do petista na tentativa de se reeleger prefeito de São Paulo, em 2016.
"Acho que o PT está brincando à beira do abismo. Haddad não tem a menor condição. Ele não soube governar São Paulo, foi reprovado como prefeito da maior capital da América Latina. Ele nem terminou o Ensino Médio e já quer ir para o Ensino Superior. Precisa repetir de ano para, depois, tentar a presidência", disse a vice de Ciro, cujo mote de campanha tem sido se apresentar como a terceira via da disputa.
A vice de Alckmin, por sua vez, priorizou ataques relacionados a escândalos de corrupção. Após a vice de Haddad afirmar que o juiz Sérgio Moro tem motivações políticas, Ana Amélia disse que essa afirmação é preocupante, porque coloca em risco as investigações em caso de vitória do PT. "Temo pelo futuro da Lava Jato, a depender do resultado da eleição", disse.
Sem Mourão no debate, Bolsonaro foi pouco criticado. Até mesmo a vice da chapa tucana, que tenta atrair votos do capitão da reserva com o argumento de que só Alckmin é capaz de derrotar o PT no segundo turno, foi contida quando teve a oportunidade de falar sobre o líder das pesquisas, em uma pergunta de uma jornalista sobre quem ela apoiaria em um eventual segundo turno entre PT e PSL.
Ana Amélia se limitou a dizer que não trabalha com esse cenário e que Alckmin é o nome que representa a terceira via. "Geraldo Alckmin é a terceira via, pelo seu poder moderador, pela convergência ao centro", disse. "Os desafios para 2019 são gigantescos, e, sem essa capacidade de articulação de Alckmin, o que nos espera é uma situação bastante complicada."
A declaração de Ana Amélia, posicionando Alckmin como a terceira via, contrasta com o histórico do PSDB em disputas presidenciais. Desde 1994, o partido tem polarizado com PT, sempre ficando em primeiro ou segundo lugar. Venceu em 1994 e 1998, com Fernando Henrique Cardoso, e perdeu no segundo turno em 2002, 2006, 2010 e 2014, todas para candidatos petistas.
Manuela, já de olho em um segundo turno contra Bolsonaro, foi mais incisiva em menções ao capitão da reserva. Em sua última fala, por exemplo, buscou contrapor a chapa petista à do PSL. Listou bandeiras que apoia, como a igualdade de direitos entre homens e mulheres, e, após citar cada uma, mencionava a hashtag #Elenão - símbolo das manifestações que ocorrerem em todo o Brasil no sábado passado contra Bolsonaro.
Em resposta aos ataques de Kátia Abreu e Ana Amélia, Manuela ressaltou que o plano de governo do PT inclui desenvolvimento econômico com justiça social e reforçou a tese de que o combate à corrupção avançou no Brasil graças a instrumentos criados e fortalecidos nos governos petistas.
 
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