O Filtro, em parceria com o
Jornal do Comércio, analisa declarações da série de entrevistas com os candidatos ao Palácio Piratini. Toda segunda-feira, este espaço verifica três citações do entrevistado da semana. A análise de hoje foca a
entrevista de José Ivo Sartori, do MDB.
A publicação do conteúdo verificado é apresentada em categorias de acordo com a veracidade da informação, com sete diferentes selos: verdadeiro; sem contexto; discutível; exagerado; subestimado; impossível provar; e falso. A pessoa responsável pela declaração é consultada duas vezes: antes da verificação do conteúdo e ao final da checagem, estando ciente do conteúdo apurado e publicado.
“Entramos com algumas ações judiciais, que nos permitiram baixar os juros da dívida, além de reduzir em R$ 22 bilhões o estoque da dívida lá em 2028.”
A redução de R$ 22 bilhões no estoque da dívida é resultado da Lei Complementar nº 148, de 25 de novembro de 2014, assinada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) após negociação com prefeitos e governadores. O texto trocou o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6% ao ano pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros de 4% ao ano, tendo seu limite máximo igualado à Selic, gerando a projeção citada pelo governador. O aditivo foi assinado em 2017, já na gestão de Sartori.
“Todos estão percebendo que a redução da criminalidade no RS aconteceu.”
Na edição on-line da entrevista, o governador detalha dados da segurança, com destaque à redução da criminalidade. Se consideradas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública para 2016 e 2017, os roubos caíram 1,6% e os assassinatos recuaram 3%. Comparado os primeiros semestres de 2017 e 2018, também há melhora. Mesmo assim, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública – 2014 a 2017, “nos últimos dois anos (2016-2017) o Estado atingiu os piores índices de sua história contemporânea e Porto Alegre ingressou no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo”. Além disso, especialistas pontuam que é cedo para afirmar que há tendência de queda.
“De 100 (egressos da Fase) que estavam sob abrigo da Justiça, 92 não retornavam ao crime porque tinham um trabalho.”
O dado é confirmado pela Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) e diz respeito ao Programa de Oportunidades e Direitos (POD) Egresso, que disponibiliza 1,1 mil vagas para jovens infratores. Por um ano, o ex-interno é acompanhado e mantém vínculo obrigatório com a escola onde faz cursos profissionalizantes ministrados pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).