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Política

- Publicada em 07 de Agosto de 2018 às 21:16

Nova viagem de Temer deve esvaziar ainda mais o Congresso em período eleitoral

Agência Estado
Uma nova viagem do presidente da República, que deve acontecer na semana que vem, vai atrapalhar o esforço concentrado no Congresso. Temer avalia a possibilidade de ir ao Paraguai para participar da posse do presidente eleito, Mario Abdo Benítez, na próxima quarta-feira (15). Com isso, os presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (MDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) respectivamente, devem automaticamente deixar o País para não se tornarem inelegíveis, já que ambos estão na corrida eleitoral deste ano.
Uma nova viagem do presidente da República, que deve acontecer na semana que vem, vai atrapalhar o esforço concentrado no Congresso. Temer avalia a possibilidade de ir ao Paraguai para participar da posse do presidente eleito, Mario Abdo Benítez, na próxima quarta-feira (15). Com isso, os presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (MDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) respectivamente, devem automaticamente deixar o País para não se tornarem inelegíveis, já que ambos estão na corrida eleitoral deste ano.
Mais cedo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), deu a entender que a viagem de Temer deve adiar o esforço concentrado previsto pela Casa para a semana que vem. Como consequência, o próximo esforço concentrado do Senado aconteceria apenas entre os dias 28, 29 e 30 de agosto. "Queria (outra semana de esforço concentrado) no dia 15 de agosto, mas o presidente Michel me comunicou hoje que vai viajar (na semana que vem). Então eu e Rodrigo Maia necessitamos mais uma vez sair do País para não ficar inelegíveis", explicou.
O esforço concentrado na Câmara para votar projetos importantes deve acontecer na segunda e terça-feira. Maia decidiu adotar a medida devido ao período de campanhas eleitorais, quando o Congresso historicamente reduz suas atividades nesta época. Até a conclusão dos trabalhos deste ano, em dezembro, os deputados ainda têm questões importantes para discutir. Entre elas, a votação do cadastro positivo - registro que tem o objetivo de baratear o crédito - e a situação do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que teve sua prisão decretada em dezembro do ano passado e hoje cumpre prisão domiciliar.
O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (DEM-MG), negou que a viagem de Temer possa atrapalhar o esforço concentrado da Casa, já que deve durar apenas um dia. Para ele, os parlamentares devem a partir de agora, neste clima de eleições, votarem apenas projetos que têm acordo, para não travar a pauta. "Não se pode privar as pessoas de fazerem campanha", disse.
Já no Senado, o vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), descartou a possibilidade de apreciação, em um esforço concentrado, de pautas polêmicas, como é o caso da cessão onerosa e do PLC 77/2018, que permite a privatização de distribuidoras de energia. "Nós temos três fatores que não recomendam qualquer tema que não seja consensual. O quórum ainda está baixo, estamos a dois meses de uma eleição e o atual governo tem baixíssima legitimidade ou quase nenhuma para tocar temas que interessam ao Brasil. Então recomenda o bom senso que possamos esperar a vontade soberana do povo brasileiro para que aí sim, com um novo presidente eleito, nós possamos ter a pauta desse novo governo já que estamos com um governo moribundo, fraco e sem credibilidade para discutir qualquer tema mais polêmico no Congresso Nacional", disse.
O governo reconheceu a dificuldade em aprovar matérias prioritárias antes da eleição, como é o caso da cessão onerosa e do projeto que permite a privatização de seis distribuidoras da Eletrobras. Na semana passada, Temer havia desistido da viagem justamente por causa das votações.
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