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Política

- Publicada em 25 de Julho de 2018 às 11:55

Para juízes e analistas, colocar a Justiça na 'caixinha' é um risco

Declarações do candidato à Presidência Ciro Gomes geraram reação da magistratura

Declarações do candidato à Presidência Ciro Gomes geraram reação da magistratura


EVARISTO SA/AFP/JC
Agência Estado
As declarações do candidato à Presidência do PDT nas eleições 2018, Ciro Gomes, de que é necessário restaurar a autoridade do poder político", fazendo com que juízes e o Ministério Público voltassem para suas "caixinhas", foi criticada por juízes e analistas nesta quarta-feira (25). Para eles, as falas do pedetista põem em risco a independência do Judiciário.
As declarações do candidato à Presidência do PDT nas eleições 2018, Ciro Gomes, de que é necessário restaurar a autoridade do poder político", fazendo com que juízes e o Ministério Público voltassem para suas "caixinhas", foi criticada por juízes e analistas nesta quarta-feira (25). Para eles, as falas do pedetista põem em risco a independência do Judiciário.
"Isso faz parte da reação de parte da política ao trabalho de juízes independentes. O mundo político precisa entender que o país precisa e quer trilhar outro caminho", avalia Fausto De Sanctis, desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Em entrevista concedida ao programa Resenha, da TV Difusora, no Maranhão, no dia 16 deste mês, o candidato do PDT afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação Lava Jato, só teria chance de sair da cadeia se ele (Ciro) fosse eleito.
"Só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político", afirmou Ciro. Ele tentava explicar a estratégia do PT em insistir na candidatura de Lula - mesmo após a condenação em segunda instância da Justiça e prisão.
Durante fórum promovido pelo jornal nesta quarta, com a participação de juízes, advogados e economistas, as declarações repercutiram. "Se ele fizer isso, ele segue o caminho da Venezuela e de outros países totalitários. Mas parto da hipótese que o Brasil já escolheu a via democrática", disse a economista Maria Cristina Pinotti.
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