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Operação Lava Jato

- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 01:00

Petistas e opositores realizam protestos em Porto Alegre e Curitiba

Na Capital, lulistas fizeram mobilização em frente ao TRF-4

Na Capital, lulistas fizeram mobilização em frente ao TRF-4


CLAITON DORNELLES /JC
Em meio ao embate entre desembargadores do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) sobre o habeas corpus de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT organizou atos em apoio à libertação do petista. 
Em meio ao embate entre desembargadores do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) sobre o habeas corpus de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT organizou atos em apoio à libertação do petista. 
Em Porto Alegre, um grupo de militantes se reuniu diante da sede do TRF-4 para protestar a favor da libertação do petista. Um cordão de isolamento feito pela Brigada Militar separou os manifestantes pró-Lula de outro grupo, que pedia pela manutenção da prisão do ex-presidente. Apesar da presença do Batalhão de Choque, não houve nenhum conflito registrado.
Em Curitiba, o clima era de expectativa nos arredores da Superintendência da Polícia Federal (PF), onde Lula está preso desde o início de abril. Era grande a aglomeração na vigília Lula Livre, em frente à PF, onde militantes aguardavam, com ansiedade, a possível soltura do ex-presidente.
Na rua de trás, cerca de 40 manifestantes anti-Lula protestavam contra o habeas corpus concedido ao petista e gritavam quando pessoas de vermelho passavam pelo local. Enrolados em camisas do Brasil, os ativistas expulsaram, com palavras de ordem, um homem de vermelho que carregava um menino no colo.
Em São Bernardo do Campo, militantes do PT se concentraram nas redondezas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, à espera da soltura do ex-presidente. Mais cedo, o presidente do partido no estado de São Paulo e pré-candidato a governador, Luiz Marinho, convocou apoiadores a irem ao local para esperar o ex-presidente. O perfil oficial de Lula no Twitter divulgou uma imagem, por volta das 16h, que mostrava um grupo grande de pessoas ocupando parte de uma rua. 

Em nota, PT critica Moro, Gebran, PF e presidente do TRF-4

O PT publicou, ontem, em seu site, uma nota em que critica o juiz Sérgio Moro; o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e relator da Lava Jato, João Pedro Gebran Neto; e também o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. O texto, assinado pela presidente do PT e senadora federal Gleisi Hoffmann, ainda reclama dos delegados de plantão na Polícia Federal em Curitiba neste domingo por não cumprirem a ordem do desembargador Rogério Favreto, de plantão no TRF-4.
"São todos cúmplices da mesma violência contra os direitos de Lula, contra a democracia e contra a liberdade do povo de votar em quem melhor o representa nas eleições presidenciais de outubro", diz a nota. Na noite deste domingo, Thompson Flores determinou a continuidade da prisão de Lula, tirando o habeas corpus do plantão e, portanto, da responsabilidade do desembargador Favreto.

Lula diz que nunca acreditou que sairia da prisão neste domingo

Ao ser informado pelo deputado Wadih Damous (PT-SP) de que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) havia determinado sua soltura, no fim da manhã de ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "nunca acreditou" que a decisão fosse cumprida.
Segundo apurou a reportagem, o petista estava cético quanto a deixar a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e expressou sua preocupação quanto a uma possível recusa do juiz Sérgio Moro em cumprir a decisão do desembargador Rogério Favreto. Diante da batalha judicial, a ordem no PT é insistir nos recursos para que a determinação do desembargador seja cumprida e que Lula possa ser solto o quanto antes.
A defesa do ex-presidente alega que Moro descumpriu uma ordem judicial e que, portanto, está cometendo um crime e pode, inclusive, ser preso. A estratégia do PT de impetrar um habeas corpus diretamente no TRF-4 se deu diante da dificuldade que a defesa de Lula tem encontrado em instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Os juízes desses tribunais têm dado a maior parte de suas decisões contra réus da Lava Jato.
A decisão liminar do TRF-4 deste domingo surpreendeu parlamentares petistas e até mesmo integrantes da defesa de Lula. Poucos integrantes do partido, além dos três deputados que impetraram no habeas corpus, estavam sabendo da estratégia. A comemoração no PT, porém, foi contida, e os aliados de Lula pediram "cautela" antes de fazer qualquer avaliação sobre a liminar. Isso porque a expectativa era a de que houvesse algum tipo de recurso para cassar a liminar ou mesmo a negativa de Moro de cumprir a decisão, o que se concretizou no início da tarde de ontem.