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Política

- Publicada em 08 de Julho de 2018 às 23:40

Manifestação de voto se intensifica e aquece campanha em rede social

Twitter será 'segunda tela' dos debates presidenciais, diz Marina

Twitter será 'segunda tela' dos debates presidenciais, diz Marina


SCUP/DIVULGAÇÃO/JC
Lívia Araújo
Além da repercussão e da viralização de declarações polêmicas e notícias relacionadas aos pré-candidatos à presidência da República e a governos estaduais, as redes sociais também são uma caixa de ressonância das intenções de voto dos eleitores. De março a junho deste ano, cerca de 50 mil citações a nomes de políticos vieram acompanhadas de manifestação de voto ou rejeição.
Além da repercussão e da viralização de declarações polêmicas e notícias relacionadas aos pré-candidatos à presidência da República e a governos estaduais, as redes sociais também são uma caixa de ressonância das intenções de voto dos eleitores. De março a junho deste ano, cerca de 50 mil citações a nomes de políticos vieram acompanhadas de manifestação de voto ou rejeição.
O dado resulta de um estudo feito no Twitter pela Scup Social, especializada no monitoramento de redes. Durante o período, o deputado federal da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL-RJ) - que já é o político com maior número de curtidas no Facebook - teve 21.530 menções relacionadas à indicação de voto (ou rejeição). Enquanto em março, 60% das menções indicavam voto no parlamentar, em junho, essa margem subiu para 80% - a média do deputado no período foi de 72,2% das intenções positivas de voto.
No caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo mais citado, com 13.113 menções, as intenções de voto atreladas também cresceram: em março, 48% das citações indicavam o voto no petista, e, em junho, 71% manifestaram a vontade de votar no ex-presidente, caso ele efetivamente se candidate. Na média dos quatro últimos meses, 64,1% das menções expressavam voto favorável ao ex-presidente.
Ainda que as demais posições tenham tido uma alternância de nomes no período de quatro meses, Manuela d'Ávila (PCdoB) veio em terceiro no total de citações, mencionada 2.679 vezes, com o pico de intenções de voto positivas, de 94%, no mês de abril, e 81,8% de média; em quarto, vem Ciro Gomes (PDT), com 1.757 menções e uma intenção de voto positiva média de 45%; em quinto, está o tucano Geraldo Alckmin, com 1.333 menções e média de intenções positivas de 55,9%; e, em sexto, vem Marina Silva (Rede), com 52% das 1.173 menções indicando voto na ex-ministra do Meio Ambiente. 
Embora não acredite que a campanha das redes sociais se sobressaia à propaganda eleitoral na televisão e no rádio, "que têm grande força, principalmente, fora do eixo das grandes capitais" como os maiores influenciadores da decisão de voto, a gerente de Marketing da Scup, Marina dos Anjos, pontua que o Twitter, especificamente, já funciona como uma "segunda tela" do que é veiculado pela TV.
"Os momentos de debate são os que gerarão os maiores picos de menções", prevê. Exemplo dessa tendência é a entrevista da Manuela no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, que, provavelmente, alçou a pré-candidata ao terceiro lugar no volume de citações em junho, das quais 65% expressavam intenção de voto na deputada. Na última pesquisa eleitoral divulgada pelo site Poder360, Manuela apareceu com apenas 2% das intenções de voto.
Marina avalia que a maneira como a repercussão é capitalizada pelos políticos pode ser positiva para balizar o voto. "Alguns políticos se valem de artimanhas como robôs ou perfis falsos, o que é difícil de identificar. Embora eles acabem gerando ondas de fake news que causam um abalo, não se convertem em um boca a boca capaz de mudar votos. Só convencem as pessoas que já seriam convencidas", analisa. A exceção, segundo a analista, é justamente Manuela, que "transformou os trechos da entrevista em memes e vídeos curtos, dando material para que as pessoas continuassem falando do assunto, associado à pauta feminista".
Também aparecem no estudo pré-candidatos como João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Rodrigo Maia (DEM), Alvaro Dias (Pode) e Valéria Monteiro (PMN); nomes que já desistiram da pré-candidatura, como Joaquim Barbosa (PSB), Michel Temer (MDB), Ronaldo Caiado (DEM), o apresentador Luciano Huck (sem partido), Chico Alencar (PSOL) e o pré-candidato ao Senado Beto Albuquerque (PSB); além de políticos que não chegaram a formalizar a pré-candidatura, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Eduardo Jorge (PV).

Evolução das menções no Twitter com intenções de voto:

Candidato Total de menções Intenções de voto positivas (%)
Março Abril Maio Junho Média
Jair Bolsonaro (PSL) 21530 60.4 77.5 72.5 80.1 72.6
Lula (PT) 13113 48.5 64.4 72.4 71.1 64.1
Manuela D'Ávila (PCdoB) 2679 88.4 94.2 79.1 65.4 81.8
Ciro Gomes (PDT) 1757 51.9 57.7 30.8 39.4 45.0
Geraldo Alckmin (PSDB) 1333 49.0 51.7 56.0 66.9 55.9
Marina Silva (Rede) 1173 63.5 50.7 52.5 41.2 52.0
Joaquim Barbosa (PSB) 1145 75.0 53.6 58.1 75.0 65.4
Michel Temer (MDB) 1102 - 78.5 66.9 42.9 62.8
João Dória (PSDB) 1073 34.2 66.5 21.1 38.3 40.0
João Amoêdo (Novo) 1050 60.9 68.7 84.5 81.1 73.8
Guilherme Boulos (PSOL) 787 66.0 63.6 64.9 68.1 65.7
Henrique Meirelles (MDB) 348 71.4 93.8 90.5 85.4 85.3
Rodrigo Maia (DEM) 301 59.1 61.9 69.6 51.5 60.5
Álvaro Dias (Pode) 229 100.0 35.0 46.3 73.0 63.6
FHC (PSDB) 186 41.7 52.2 42.0 69.0 51.2
Chico Alencar (PSOL) 162 75.0 80.0 95.5 58.3 77.2
Valéria Monteiro (PMN) 74 87.5 66.7 100 66.7 80.2
Luciano Huck (sem partido) 43 66.7 95.5 100 100.0 90.6
Ronaldo Caiado (DEM) 37 33.3 50.0 42.9 33.3 39.9
Eduardo Jorge (PV) 33 100.0 92.0 77.8 100.0 92.5
Beto Albuquerque (PSB) 28 100.0 100.0 75.0 92.0 91.8

Fonte: Scup Social - março a junho

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