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Política

- Publicada em 04 de Julho de 2018 às 01:00

Eike é condenado a 30 anos de prisão por fraude no Rio

Advogado do ex-bilionário informa que irá recorrer da decisão

Advogado do ex-bilionário informa que irá recorrer da decisão


WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão e a pagar uma multa de R$ 53 milhões pelo juiz Marcelo Bretas. A decisão veio em um processo sobre Eike que investigava denúncias de corrupção ativa dentro do esquema do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), que também foi condenado na sentença a mais 22 anos e oito meses de cárcere por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão e a pagar uma multa de R$ 53 milhões pelo juiz Marcelo Bretas. A decisão veio em um processo sobre Eike que investigava denúncias de corrupção ativa dentro do esquema do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), que também foi condenado na sentença a mais 22 anos e oito meses de cárcere por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Ex-bilionário, Eike foi acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões para Cabral no exterior. Além disso, o braço-direito do empresário e ex-vice-presidente do Flamengo, Flavio Godinho, também foi condenado a 22 anos de prisão.

Sobre Eike, o juiz escreveu: "Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situação financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir. Homem de negócios conhecido mundialmente, e exatamente por isso, suas práticas empresariais criminosas foram potencialmente capazes de contaminar o ambiente de negócios e a reputação do empresariado brasileiro, causando cicatrizes profundas na confiança de investidores e empreendedores que, num passado recente, viam o Brasil como boa opção de investimento. Por tais razões, considero sua culpabilidade elevada".

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foi condenada a 4 anos e seis meses por lavagem de dinheiro. Ela foi acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de ajudar a lavar, por meio de seu escritório de advocacia, R$ 1 milhão de propinas pagas pelo empresário, com a simulação de prestação de serviços advocatícios. Adriana já foi condenada quatro vezes na Lava Jato a penas que somam 41 anos e 5 meses de prisão.

Cabral é réu em 24 processos da Lava Jato e já foi condenado em outros cinco antes deste. Com suas seis condenações, suas penas agora somam 123 anos e 4 meses de prisão. O ex-governador está preso desde novembro de 2016.

"A culpabilidade é elevada, pois Sérgio Cabral foi o principal idealizador dos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados. Mercantilizou a funções públicas obtidas meio da confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer", escreve o juiz na sentença.

O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, disse que vai recorrer da decisão. Em nota, o advogado do ex-governador, Rodrigo Roca, afirmou que a condenação "era uma questão de coerência com a condenação, pelo mesmo juiz na Operação Calicute". "Ainda assim, a sentença é injusta e a pena, desproporcional. Apelaremos ao tribunal buscando a sua reforma", declarou o advogado em nota.

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