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Política

- Publicada em 03 de Julho de 2018 às 01:00

PF quer ouvir Lúcio Funaro no inquérito dos Portos

A Polícia Federal (PF) deverá ouvir o delator Lúcio Funaro no inquérito que apura se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu vantagens indevidas em troca de favorecimento a empresas do setor portuário com a edição do Decreto dos Portos em maio de 2017.
A Polícia Federal (PF) deverá ouvir o delator Lúcio Funaro no inquérito que apura se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu vantagens indevidas em troca de favorecimento a empresas do setor portuário com a edição do Decreto dos Portos em maio de 2017.
A intenção, segundo o delegado Cleyber Malta Lopes, é "explorar com melhores detalhes as novas informações disponíveis, relacionados aos fatos investigados, a partir dos termos que constam" na delação premiada de Funaro. Essa foi uma das pendências listadas pelo delegado Cleyber Malta Lopes ao pedir, na quinta-feira passada, a prorrogação por 60 dias do prazo para a conclusão do inquérito. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, autorizou novas diligências até manifestação da Procuradoria-Geral da República, mas ainda não se pronunciou sobre o pedido de prorrogação.
Embora o inquérito tenha sido aberto para apurar fatos relacionados à edição do Decreto dos Portos, a investigação avançou sobre a atuação do grupo político de Temer para fatos anteriores ao decreto, mas também relacionados ao setor portuário. A inclusão do acordo de Funaro reforça essa nova linha de investigação. Em sua delação, ele abordou fatos relacionados à edição da Medida Provisória (MP) 595/2013, conhecida como MP dos Portos.
Na delação, Funaro apontou que o presidente Michel Temer tem negócios com a empresa Rodrimar e teria influenciado diretamente a aprovação da MP 595/13 para defender interesses de grupos ligados a ele. A MP foi aprovada em maio de 2013. Funaro falou sobre uma possível comissão para políticos pela aprovação da MP, entre eles Temer, e citou também o grupo Libra e pelo menos um sócio do grupo.
Cleyber Malta Lopes afirmou, ainda, que pretende usar o prazo adicional para analisar a relação da Argeplan, do coronel da reserva João Batista Lima Filho, com a empresa Eliland do Brasil, que teve contrato com 10 anos com a empresa Rodrimar, também investigada.
A defesa de Lúcio Funaro afirmou que ele seguirá colaborando como vem fazendo de modo efetivo. A assessoria da Rodrimar disse que não foi beneficiada pelo decreto - o que foi reconhecido em relatório da PF - e que nunca atuou para receber privilégio do poder público. A reportagem procurou o Grupo Libra, mas não obteve resposta.
 
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