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Política

- Publicada em 02 de Julho de 2018 às 22:14

Pré-candidatos priorizam propostas sobre segurança

Postulantes ao governo do Estado pretendem reforçar efetivo policial

Postulantes ao governo do Estado pretendem reforçar efetivo policial


/Brayan Martins/ PMPA/Divulgação/JC
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente do Tribunal de Justiça Militar e ex-comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, sustentou que a segurança pública vai ser o grande tema das eleições deste ano. De fato, o tema é tratado como prioridade pelos pré-candidatos ao governo do Estado. 
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente do Tribunal de Justiça Militar e ex-comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, sustentou que a segurança pública vai ser o grande tema das eleições deste ano. De fato, o tema é tratado como prioridade pelos pré-candidatos ao governo do Estado. 
Os números indicam aumento da criminalidade no Estado. Segundo registros da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o número de homicídios no Rio Grande do Sul aumentou 62,5% entre 2007 e 2017. No mesmo período, a taxa de roubos cresceu 32,9%.
Ainda conforme a SSP, em 2007, 1.604 homicídios dolosos ocorreram no Estado - 10 anos depois, foram registrados 2.606 assassinatos. Com relação aos roubos, o Estado registrou 65.542 casos em 2007 e 87.120 no ano passado. Já o índice de furtos caiu 35,1% no período. 
Além disso, o efetivo da Brigada Militar - que realiza o policiamento extensivo no Estado - é o menor já registrado no Rio Grande do Sul. A corporação tem cerca de 20 mil homens. Segundo a SSP, o número ideal de policiais deveria ser de 32.230. 
Em março deste ano, ao apresentar os resultados da política de segurança do Estado, o secretário estadual de Segurança, Cezar Schirmer (MDB), defendeu os investimentos na área feito pelo governo José Ivo Sartori (MDB) - que deve concorrer à reeleição. Na ocasião, Schirmer afirmou que, no primeiro bimestre de 2018, o número de latrocínios diminuiu 63,9%, enquanto a taxa de homicídios caiu 34,5%, ambas em comparação com o mesmo período de 2017. Também exaltou o concurso para contratar 4,8 mil servidores para a Brigada e para o Corpo de Bombeiros.
Entre as soluções apontadas pelos postulantes ao Palácio Piratini estão o aumento do efetivo da Brigada, investimentos em inteligência policial e prevenção ao crime. "Educação, esporte e cultura são chaves para redução das taxas de violência", argumentou o pré-candidato do PDT, o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge. Caso eleito, o pedetista pretende investir em tecnologia, integrar o policiamento ostensivo com o comunitário e criar programas de prevenção.
Considerando a situação financeira do Rio Grande do Sul - que apresenta dificuldades para fazer investimentos com recursos próprios e até mesmo através de financiamentos -, o pré-candidato do PP, deputado federal Luis Carlos Heinze, propõe buscar parcerias com o setor privado para auxiliar a financiar as ações de segurança no Estado.
Para o pré-candidato tucano, ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite, uma parceria entre o Estado e os municípios é necessária no combate ao crime, além da integração das forças de segurança, com o uso de tecnologia para auxiliar as polícias. "Temos de buscar reduzir o custeio do Estado para colocar o recurso em segurança, saúde e educação", projetou.
O postulante do PT, Miguel Rossetto, pretende investir na recomposição das forças policiais do Estado, na polícia comunitária e no fortalecimento da investigação. "Teremos foco nos territórios conflagrados e de maior vulnerabilidade social, onde se concentram os maiores índices de violência", defendeu Rossetto.
O pré-candidato do PSOL, vereador Roberto Robaina, também quer recompor o efetivo das forças de segurança. Além disso, acredita que é necessário acabar com a política de combate às drogas, pois, na sua opinião, "tem como principal resultado o assassinato de jovens negros da periferia". "De um lado, queremos uma política de segurança vinculada à educação e à cultura. De outro, queremos uma para orientar as forças policiais para combaterem latrocínios, homicídios, feminicídios", resumiu.
Além da recomposição do efetivo, dos investimentos em inteligência e em estrutura, a líder da chapa do PCdoB ao governo do Estado, Abgail Pereira, acredita que o governo federal deve ajudar os Estado no combate à criminalidade, patrulhando as fronteiras. O pré-candidato do PMB, Luiz Fernando Portella, não retornou o contato da reportagem.
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