O ex-ministro José Dirceu (PT), solto após decisão da 2ª Turma do Superior Tribunal Federal (STF) na última terça-feira, voltou para casa, em Brasília. Condenado a 30 anos e nove meses de prisão pelos delitos de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, Dirceu chegou à sua residência por volta das 2h da manhã desta quarta-feira. Ele cumpria pena no Complexo Penitenciário da Papuda, onde passou cinco semanas preso, até receber o habeas corpus.
Dirceu recebeu o benefício após os votos dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, e ficará em liberdade até a corte retomar a análise do recurso apresentado pela defesa do ex-ministro da Casa Civil. A questão deverá ser apreciada no segundo semestre deste ano.
A defesa pediu efeito suspensivo da condenação determinada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um julgamento que ainda não terminou. O caso de Dirceu é semelhante ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá o recurso julgado pelo plenário do STF em agosto.
O recurso de Lula chegou a ser pautado para a sessão desta terça-feira. No entanto, como, na última sexta-feira, o TRF-4 negou o pedido da defesa para enviar o recurso para o STF, o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, retirou o assunto de pauta.
Dirceu foi preso em agosto de 2015 por ordem do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.