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Política

- Publicada em 17 de Junho de 2018 às 14:12

Copa pode ajudar a distensionar debate político no Brasil, diz antropólogo

"É preciso dar um tempo fazendo qualquer outra coisa e depois retomar debate politico", diz Damo

"É preciso dar um tempo fazendo qualquer outra coisa e depois retomar debate politico", diz Damo


LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
Em meio ao ambiente político pré-eleitoral tenso e repleto de indefinições, que tal assistir aos jogos da Copa do Mundo da Rússia para dar um tempo? É o que sugere o antropólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Arlei Sander Damo, lembrando que o futebol tem uma função que vai além do apelo meramente esportivo.
Em meio ao ambiente político pré-eleitoral tenso e repleto de indefinições, que tal assistir aos jogos da Copa do Mundo da Rússia para dar um tempo? É o que sugere o antropólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Arlei Sander Damo, lembrando que o futebol tem uma função que vai além do apelo meramente esportivo.
"Ele consegue fazer com que pessoas de diferentes classes, idades, gêneros e interesses partidários consigam dialogar", atenta Damo, que indica o "momento de muitas tensões políticas" como razão para se ligar no Mundial, seja para torcer pelo Brasil ou simplesmente assistir aos jogos. "Às vezes, é preciso dar um tempo fazendo qualquer outra coisa, para depois entrar no momento do debate político e recomeçar com outro cenário de possibilidades." 
> VÍDEOS JC: Antropólogo explica por que a Copa pode fazer bem ao Brasil
Damo lançou esta proposta em recente artigo em sua coluna Entrevero, que mantém no site Ludopédio, um espaço que combina opiniões do mundo acadêmico com o esporte mais popular no País. "Talvez jamais o Brasil tenha precisado tanto de uma Copa do Mundo. Não me refiro ao título, a esta altura irrelevante. Uma quarentena de amenidades nos faria bem e de quebra chegaríamos mais perto das eleições", escreveu o professor da Ufrgs.
Na entrevista ao Jornal do Comércio, o antropólogo esclarece que a sugestão é uma alternativa em meio a dificuldades "de diálogo e mediação". Prova disso, aponta Damo, foi a emergência de defesas acaloradas de alguns setores de intervenção militar. "Não me parece que este tipo de debate que vai fazer o País e as relações avançarem", critica o antropólogo.
Damo reforça que não vê a agenda do futebol como um remédio para fazer do Brasil um ambiente harmonioso, pois é típico da cena política a diversidade de ideias, de posições e legendas. "O debate travado neste momento não está sendo produtivo. É um debate entre grupos quase que de fanáticos", lamenta o professor da Ufrgs. A entrevista completa com Arlei Damo será publicada em 25 de junho na seção Entrevista Especial, da editoria de Política do JC.
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