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Política

- Publicada em 13 de Junho de 2018 às 01:00

Cristiane Brasil é alvo em operação da Polícia Federal

Mandado foi cumprido no gabinete da parlamentar (foto) e em seu apartamento funcional

Mandado foi cumprido no gabinete da parlamentar (foto) e em seu apartamento funcional


MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Indicada no início do ano para assumir o Ministério do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) é apontada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como suspeita de fazer parte da organização criminosa que atuava na pasta para conceder ou vetar registro de sindicatos de acordo com interesses extraoficiais.
Indicada no início do ano para assumir o Ministério do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) é apontada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como suspeita de fazer parte da organização criminosa que atuava na pasta para conceder ou vetar registro de sindicatos de acordo com interesses extraoficiais.
A deputada foi alvo da segunda etapa da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã de ontem, com três mandados de busca e apreensão em endereços em Brasília, no gabinete de Cristiane na Câmara dos Deputados e no seu apartamento funcional, e Rio de Janeiro.
Cristiane está proibida de entrar no prédio do Ministério do Trabalho. Por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, no âmbito da Registro Espúrio, ela também não pode manter contato com os demais investigados na ação da PF, que mira fraudes na Secretaria de Relações do Trabalho da pasta, entre eles o próprio pai e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Cristiane Brasil, que só não assumiu o Ministério do Trabalho por força de decisões judiciais, foi pega, segundo a PGR, em uma troca de mensagens com um servidor da pasta, Renato Araújo Júnior, apontado como atendedor dos desígnios do PTB na Secretaria de Relações do Trabalho, o setor do ministério que cuidava dos registros sindicais.
"Além de orientar o servidor (Araújo) em relação a como agir na análise de pedidos, há inclusive mensagens que tratam da cobrança de valores previamente combinados", afirmou a PGR em nota encaminhada após o cumprimento da segunda etapa da operação - as mensagens não foram divulgadas.
Um dos alvos da primeira etapa da operação, Renato Araújo Júnior é um exemplo dentro do Ministério do Trabalho de ascensão graças ao apoio do PTB. Responsável por elaborar notas técnicas em relação a diversos pedidos de registro, ele trocou mensagens suspeitas com diversos outros alvos da operação pelo aplicativo WhatsApp. Meses depois de ouvir de Roberto Jefferson que "sua hora vai chegar", Araújo chegou ao posto de coordenador da Secretaria de Relações do Trabalho, em abril. 
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a deputada Cristiane Brasil afirmou que recebeu os procedimentos investigativos com tranquilidade, pois não tem papel nas decisões tomadas pelo Ministério do Trabalho, além das relações partidárias. "Espero que as questões referentes sejam esclarecidas com brevidade e meu nome, limpo", declarou.
Na primeira etapa da Registro Espúrio, o pai de Cristiane, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do Mensalão do PT, teve seus endereços vasculhados pela PF. Também foram alvos os gabinetes dos deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (SD) e Wilson Filho (PTB). A sede da Força Sindical também foi alvo da ação da PF, assim como escritórios de advocacia. Todos são apontados como integrantes do núcleo político da suposta organização criminosa.
 
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