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Opinião

Artigo

- Publicada em 19 de Janeiro de 2022 às 19:58

Seca no RS e o Aquífero Guarani

Estivemos presentes na reunião da Famurs (Federação das Associações dos Municípios) no dia 10 de janeiro que tratou dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Várias autoridades mostraram seus pontos de vista para as formas de mitigar esse problema que assola nosso Estado. No momento, urge prestar assistência para as famílias atingidas!
Estivemos presentes na reunião da Famurs (Federação das Associações dos Municípios) no dia 10 de janeiro que tratou dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Várias autoridades mostraram seus pontos de vista para as formas de mitigar esse problema que assola nosso Estado. No momento, urge prestar assistência para as famílias atingidas!
Mas sabemos que a seca é um problema recorrente no Rio Grande do Sul e soluções no médio e longo prazo devem ser buscadas. Muitos esforços têm sido envidados no passado recente para o estabelecimento de reservatórios de água em superfície. Muitos deles não prosperaram ao se depararem com problemas burocráticos e jurídicos. Uma das questões elencadas foi a proibição do alagamento de áreas de preservação permanente para a construção de açudes. Eis que vem à baila uma outra possibilidade de armazenamento de água que não a de superfície: água subterrânea. Muitos municípios já realizam a exploração de água através de poços.
Porém, a exploração intensa gera outro problema: o rebaixamento do nível freático, ou seja, a tendência de exaustão da água, levando à necessidade de busca de novos mananciais. Sabemos que 55% da área do Rio Grande do Sul situa-se sobre o Aquífero Guarani, um imenso reservatório de água subterrânea. Esse reservatório não é uma grande cavidade oca contendo água, mas, sim, um sistema complexo de estruturas geológicas. Isso implica em situações em que num determinado ponto exista água de qualidade e abundante, enquanto logo adiante, a perfuração de um poço não chegue a encontrar água.
Aplaudimos o programa do governo do Estado denominado Irriga RS, que prevê a perfuração de 750 poços no Estado! Acreditamos que serão feitos estudos prévios para indicar a melhor locação dos poços. Caso contrário, poderiam ocorrer situações similares ao que já ocorreu em alguns municípios: a prefeitura encomenda a perfuração de poços sem a devida sondagem e eles apresentam-se secos.
Métodos geofísicos são capazes de dar informações detalhadas e precisas indicando o melhor ponto para a realização da perfuração do poço, a profundidade do nível freático e uma estimativa do volume de água existente. Isso tudo, sem a necessidade de perfurações prévias, levando à otimização dos recursos financeiros ao se reduzir a margem de erro na busca pela água subterrânea.
Diretor da empresa Geofísica Stein Ltda.
 
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