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Opinião

- Publicada em 04 de Novembro de 2021 às 03:00

Não fecha o Hospital Colônia de Itapuã

A possibilidade de fechamento do Hospital Colônia de Itapuã (HCI) pode repetir um triste padrão de comportamento, o de descartar estruturas hospitalares que poderiam ser parte da solução em situações de falta de leitos. Não faltam exemplos dessa "mania de fechar hospitais" na história recente do Estado.
A possibilidade de fechamento do Hospital Colônia de Itapuã (HCI) pode repetir um triste padrão de comportamento, o de descartar estruturas hospitalares que poderiam ser parte da solução em situações de falta de leitos. Não faltam exemplos dessa "mania de fechar hospitais" na história recente do Estado.
O Rio Grande do Sul é o estado da Federação com mais alarmantes índices de suicídio, de incidência de condições psiquiátricas induzidas pelo abuso de drogas, culturalmente tem o consumo de álcool enraizado e integrado as suas datas festivas. A comunidade não pode perder um equipamento de saúde tão importante para todo o RS quanto o HCI. O déficit de leitos psiquiátricos no Estado poderia ser enfrentado com a qualificação do HCI. O contexto de pós-pandemia, que já se esboça no horizonte, é o de alta incidência de condições psiquiátricas, fechar uma estrutura hospitalar com condições de acolher pacientes que precisam de assistência integral em saúde mental é um contrassenso, ou a total falta de bom senso.
O movimento antimanicomial conseguiu criar um tabu, uma forma muito danosa de preconceito contra o paciente psiquiátrico. As pessoas que precisam de internação psiquiátrica correm risco de vida, de se matar, de matar a outra pessoa, são casos de emergência e urgência assim como os de outras especialidades em medicina.
Os movimentos da Câmara de Vereadores de Viamão e da Secretaria de Saúde do Estado que esboçam o fechamento do Hospital Colônia de Viamão estão à sombra do preconceito contra o paciente psiquiátrico, que precisa de tratamento, de leitos e de entidades com estruturas para os acolherem. O que fazemos com os dependentes de crack? Pessoas acumuladas em cracolândias, onde acabam morando nas ruas e morrendo, sem assistência. Isto é respeito pelo ser humano? Claro que não!
A comunidade em torno do HCI alega que existiriam interesses imobiliários nos 20 hectares e nas quase 100 estruturas de alvenaria dada a privilegiada localização do hospital nas proximidades de uma das mais bonitas áreas de orla do Rio Grande do Sul.
Deputado estadual (DEM)
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