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Opinião

- Publicada em 02 de Setembro de 2021 às 03:00

Educação é artigo de primeira necessidade

"Antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência; era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre seria para sempre; se rico - Lorde ou Duque - manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias." Ludwig Von Mises em As Seis Lições. Primeira Lição - Capitalismo, página 3.
"Antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência; era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre seria para sempre; se rico - Lorde ou Duque - manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias." Ludwig Von Mises em As Seis Lições. Primeira Lição - Capitalismo, página 3.
Recentemente, o ministro da Educação falou algo inacreditável: que jovens pobres não deveriam aspirar a uma formação universitária. Que cursassem até o Ensino Médio ou um curso técnico e fossem trabalhar. Inacreditável é pouco.
Não bastasse isso, fez outra declaração incompatível com conceitos de educação contemporâneos. Inclusão atrapalha. Não. Não é ficção. É o que pensa o senhor da deseducação. Mas, como diz um velho ditado: diga-me com quem andas e te direi quem és.
Todos sabemos que a falta de qualificação dos trabalhadores funciona como um freio para a mobilidade social, porque indivíduos pouco qualificados estão desempregados ou não conseguem empregos que permitam alcançar uma classe social mais elevada.
Sou testemunha de como educação e cultura são vitais para a evolução socioeconômica de qualquer cidadão. Vou citar um exemplo familiar: Gilberto Jorge Gonçalves, primeiro afrodescendente a cursar química na Ufrgs.
Como professor, criou o primeiro curso pré-vestibular em Porto Alegre: o Piratini. Gerou empregos e desenvolveu um novo segmento.
Foi reconhecido publicamente. É nome de colégio e rua na capital gaúcha. Aliás, o primeiro no Rio Grande do Sul a implementar o conceito de inclusão de crianças com limitações com as demais.
Voltando ao tema: ouvir de um ministro a pregação da tese do determinismo social e da censura à liberdade dos integrantes das classes menos favorecidas é voltar ao século XIX. Ou então numa obra de ficção reacionária. Dito isso: citei Von Mises pois combinar liberdade econômica com educação é uma formulação imbatível para a mobilidade.
Sinais claros de que estamos em risco. Liberais e educadores acordem! Precisamos de ações práticas em defesa desses dois pilares.
Publicitário, ex-presidente da ADVB-RS
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