Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 10 de Agosto de 2021 às 03:00

Advocacia com coragem e dignidade

"A advocacia não é profissão de covardes." A célebre frase do advogado Heráclito Fontoura Sobral Pinto (1893/1991), que se notabilizou como árduo defensor dos direitos humanos, deverá sempre seguir ecoando, notadamente, amanhã, 11 de agosto, quando comemoramos o Dia do Advogado, data que teve origem na criação das duas primeiras faculdades de Direito do Brasil, a do Largo de São Francisco na capital paulista, atualmente USP, e a de Olinda no Recife, em 1827.
"A advocacia não é profissão de covardes." A célebre frase do advogado Heráclito Fontoura Sobral Pinto (1893/1991), que se notabilizou como árduo defensor dos direitos humanos, deverá sempre seguir ecoando, notadamente, amanhã, 11 de agosto, quando comemoramos o Dia do Advogado, data que teve origem na criação das duas primeiras faculdades de Direito do Brasil, a do Largo de São Francisco na capital paulista, atualmente USP, e a de Olinda no Recife, em 1827.
Se, antes, o Dr. Sobral Pinto enfrentou corajosamente as ditaduras de Getúlio Vargas e a militar, hoje os desafios são outros, mas não de menor envergadura ou dificuldade, pois cabe a nós a manutenção da ordem democrática conquistada com o sangue de muitos. Não devemos tolerar escorregões golpistas ou qualquer outro apontamento que desprestigie o estado democrático de direito.
A missão de defesa da Constituição, de per si, seria suficiente para, a pleno pulmões, replicarmos a frase dita por Sobral Pinto. Mas não é só. Os desafios que enfrentamos no exercício profissional são hercúleos, pois estamos vivenciando uma crise no Judiciário jamais imaginada por todos que nos antecederam. Fóruns fechados, prestação jurisdicional pela metade, sistemas virtuais que não funcionam, limitações de direitos, dificuldades de toda sorte que desaguam no cerceamento dos direitos das pessoas e também na deterioração financeira e até moral da advocacia.
Não podemos esmorecer, nos acovardar ou, o que é pior, nos conformar. Somos a voz da cidadania, a qual depende de nós para que seus direitos sejam respeitados. Relembramos o também gigante da advocacia, Rui Barbosa, que nos ensinou: "Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!"
Portanto colegas, de cabeça erguida, com hombridade e sempre com muita inteligência, seja nas mais diferentes plataformas, presencial ou virtualmente, com pandemia ou sem ela, vamos continuar lutando para cumprir o nosso juramento de "defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas".
A data é uma honra para nós profissionais da advocacia que, por intermédio da palavra e das leis, defendemos os direitos das pessoas para construir uma sociedade mais justa e humana.
Que as dificuldades de hoje nos sirvam de inspiração e, porque não dizer, de orgulho por conseguirmos manter a indignação com as injustiças, não baixando a guarda no duelo do dia a dia para fazer valer os direitos. Afinal, a advocacia não é para os covardes.
Presidente OAB, subseção Caxias do Sul
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO