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Opinião

- Publicada em 23 de Abril de 2021 às 03:00

Brasileiros e a importância do saneamento

O leitor sabia que no Brasil 46,3% do esgoto não é tratado? Metade de nós ainda não tem sanitários domésticos, enquanto outros milhões de brasileiros não têm uma destinação correta do esgoto cloacal em suas residências. Isso tem tudo a ver com a ideologização do Planejamento Urbano, não só na prática da revisão, mas também academicamente, o que é mais grave!
O leitor sabia que no Brasil 46,3% do esgoto não é tratado? Metade de nós ainda não tem sanitários domésticos, enquanto outros milhões de brasileiros não têm uma destinação correta do esgoto cloacal em suas residências. Isso tem tudo a ver com a ideologização do Planejamento Urbano, não só na prática da revisão, mas também academicamente, o que é mais grave!
Como estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), já presenciei inúmeras situações de uso indevido da posição de professor-aluno, principalmente no que tange às políticas públicas para os mais pobres, com embasamento puramente ideológico.
Recentemente, uma estagiária docente, estudante de mestrado, sob a tutela e orientação de três professores titulares, fez uma apresentação aos alunos alegando que o "planejamento urbano não é neutro". Ela apontou que o responsável "com recorte social de classe, raça, etnia, gênero e sexualidade", é o tal "homem de classe média, branco e heterossexual".
Mas será que é isso mesmo? Os nossos grandes problemas urbanos se dão pela falta de seriedade, embasamento técnico e científico em todas as esferas. Colocar um culpado para isso tudo, além de ser uma falácia, é uma forma preguiçosa de avaliar o problema. A pobreza não atinge somente uma "categoria de pessoas", pois é óbvio que todos somos diferentes, mas temos uma coisa em comum, que são as necessidades básicas.
A consequência desse tipo de politização faz com que os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ufrgs acabem não aprendendo como resolver os problemas técnicos, que ajudariam a todos, não importando o nível de "opressão" atribuído pelos chamados esquerdistas.
Ao invés de gastarmos tempo conhecendo como funciona o processo de macrodrenagem, a coleta de resíduos sólidos, circulação urbana e afins, estamos sendo doutrinados a aceitar esse tipo de tese infundada de forma velada, que só traz mais agravamento para a situação, já precária, de metade da população.
Para darmos um basta neste ciclo, precisamos urgentemente de uma reforma educacional profunda, que puna aqueles que não sabem se colocar no seu devido lugar como profissionais técnicos e imparciais, mantendo somente aqueles que se atém aos fatos e que vivem no mundo real.
Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo da Ufrgs
 
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