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Opinião

- Publicada em 16 de Abril de 2021 às 03:00

Do ecochato ao profissional ESG

O conhecimento em meio ambiente e o jeito de contar histórias sobre sustentabilidade se tornaram um ativo precioso no mundo corporativo. Ter ciência sobre como usar dados e direcionar ações para o gerenciamento integrado de recursos naturais e humanos está na moda. Você percebeu que o tema foi tratado na novela Amor de Mãe, da Globo?
O conhecimento em meio ambiente e o jeito de contar histórias sobre sustentabilidade se tornaram um ativo precioso no mundo corporativo. Ter ciência sobre como usar dados e direcionar ações para o gerenciamento integrado de recursos naturais e humanos está na moda. Você percebeu que o tema foi tratado na novela Amor de Mãe, da Globo?
Encerrada na semana passada, a trama teve direito à fala do mocinho em uma Conferência Climática da ONU e uma ode ao ensino, com a fala ativista da professora Camila (Jessica Elen). A problemática ambiental ilustrada pela contaminação da Baía da Guanabara foi pano de fundo para os antagonistas da trama terem uma série de conflitos.
Ao mostrar o confronto do ambientalista Davi (Vladimir Brichta) com Álvaro (Irandhir Santos), o dono da empreiteira, a articulação entre a escola, restaurante local, hospital, militantes (stakeholders), a novela mostrou um contexto típico de questões ESG. Mostrou ainda como a colaboração é essencial para sanar problemas complexos deste tipo.
Passando pela diversidade, a novela contou com a advogada Vitória (Tais Araújo) para trazer luz a temas como adoção, luta contra violência de gênero e racismo. Ainda, a trajetória perseverante de Lurdes (Regina Casé) trouxe lições sobre resiliência e propósito, úteis aos empreendedores brasileiros.
Não é a primeira vez que a emissora aborda temas assim em horário nobre. Velho Chico (2016) colocou em pauta a produção de alimentos em agrofloresta x agronegócio, com merchandising social da Natura. Em Aruanas (2020), mostrou ativistas brigando contra a mineração na Amazônia. E agora, em Falas da Terra, série atual que trata sobre povos indígenas, mostra um oportuno aproveitamento das informações concedidas pelo algoritmo: temas femininos e socioambientais que vem a calhar com o interesse dos investidores. Não é coincidência.
Por isso, não coloque sua causa na gaveta - coloque no currículo. Quem participa de ONG, movimento social, inova a partir do lixo em vez de só reclamar, saiba que seu perfil está sendo notado. O ecochato caiu em desuso. Experimente adicionar a uma história "riponga" um pouco de tecnologia, o poder de engajamento e uma entrega focada em resultados e verá oportunidades ao seu redor. E se o novo normal passa pela busca de soluções para impactos, a hora de transformar é agora. Lurdes mostrou que nunca é tarde para correr atrás de seus sonhos. Acredite em si, abrace seu propósito e vá a luta.
Jornalista, especialista em Gestão Ambiental e mestre em Comunicação
 
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