Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 03:00

Covid-19 no RS: cenário atual e perspectivas

A velocidade e o dinamismo com que os fenômenos se sucedem em meio ao contexto da pandemia de Covid-19 é um dos maiores desafios para nós médicos. Avançamos nos protocolos de atendimento aos pacientes graves, mas temos muitas incertezas nos estágios iniciais da doença. Sabemos que o contraditório e o debate são inerentes ao desenvolvimento médico-científico e incentivamos a argumentação técnica nestas situações. Ao contrário, consideramos inaceitável qualquer tentativa de politização ou judicialização de modalidades terapêuticas à Covid-19, em detrimento da discussão científica.
A velocidade e o dinamismo com que os fenômenos se sucedem em meio ao contexto da pandemia de Covid-19 é um dos maiores desafios para nós médicos. Avançamos nos protocolos de atendimento aos pacientes graves, mas temos muitas incertezas nos estágios iniciais da doença. Sabemos que o contraditório e o debate são inerentes ao desenvolvimento médico-científico e incentivamos a argumentação técnica nestas situações. Ao contrário, consideramos inaceitável qualquer tentativa de politização ou judicialização de modalidades terapêuticas à Covid-19, em detrimento da discussão científica.
O que a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) defende e reitera à comunidade gaúcha é que os médicos tenham liberdade para tratar seus pacientes, evidentemente que de forma consensual, e sempre fundamentados pela ciência médica e pelas melhores práticas. A prescrição de medicamentos é de inteira responsabilidade do profissional médico, respeitando-se os preceitos de autonomia, da beneficência e da não-maleficência.
Precisamos canalizar os esforços em três frentes. A primeira, é a responsabilidade social de cada cidadão com as medidas protetivas amplamente alardeadas desde o início da pandemia: adequada higienização das mãos, usar máscaras corretamente e respeitar o distanciamento social, evitando aglomerações. É indispensável reduzir a contaminação e a propagação do vírus! O segundo aspecto é que precisamos investir mais em testagem, para diagnóstico e rastreamento dos casos suspeitos. A terceira e última frente é a vacinação. Precisamos de mais celeridade no envio de doses pelo poder público e, principalmente, previsibilidade do envio para melhor planejamento dos gestores locais.
Um dos fatores que podem estar relacionados com a aceleração na disseminação da Covid-19 talvez seja a identificação da cepa P.1 (variante de Manaus) em casos no RS, por ter maior transmissibilidade. Mas esta é uma variável que não está sob nosso controle. O outro fator é comportamental. As pessoas relaxaram e passaram a interagir mais, por conta de uma falsa sensação de tranquilidade. São números crescentes e inquietantes e que mostram uma piora da situação pandêmica em todo o Estado. O momento é crítico e o colapso na saúde público-privada é real. Cada tomada de decisão, infelizmente, só irá se refletir dentro dos próximos 15 dias. Sendo assim, medidas urgentes e mais contundentes precisam ser bem debatidas e avaliadas.
Presidente da Amrigs
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO