Entramos na era da energia renovável. Fábricas de veículos automotores transformam as suas plantas para fabricar novos produtos que substituam o acionamento a derivados de petróleo por eletricidade. Pensando em meio ambiente e aquecimento global, uma boa notícia, sem dúvida.
A semana, recém-finda, noticiou o fornecimento de uma frota de caminhões elétricos, produzidos em Caxias do Sul. Será um excelente teste para o transporte através de veículos mais pesados, principalmente, na serra, onde demanda maior potência dos motores.
Por outro lado, avançam as placas fotovoltaicas, desde as moradias até as de conjuntos residenciais ou, mesmo, corporativos. Têm a vantagem de levar energia a lugares distantes, onde ainda não chegou rede de distribuição e alimentar baterias para uso noturno. Também, a produção pode ser lançada nas redes de distribuição, que abaterá do consumo obtido junto ao fornecedor da região. Até agora, muito se tem falado nas vantagens desses sistemas, porém deveria ser debatido sobre o descarte dos elementos utilizados para pô-los em funcionamento.
Relativamente a carros elétricos, como serão descartados os chumbos e o ácido sulfúrico após o fim de vida útil das baterias, se elas tiverem a mesma composição das atuais utilizadas em carros movidos a combustível fóssil ou etanol?
Quanto às placas solares, qual seria a vida útil delas? O que fazer das placas de silício, sabendo-se que, para criar uma carga negativa, o silício é combinado com boro, e para criar uma carga positiva, o silício é combinado com o fósforo?
A pergunta que não quer calar é se esses elementos serão, simplesmente, descartados e onde, considerando o volume de grande proporção que será gerado em todo o mundo. Seriam reciclados? Mesmo assim, nesse processo, o que não seria aproveitado e retornaria para a natureza? Qual efeito perverso causaria?
É um questionamento a ser feito hoje e não no futuro, quando forem iniciados os descartes.
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