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Opinião

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2021 às 03:00

Viver e envelhecer

Os avanços de tecnologia, condições de saúde, educação e bem-estar são uma realidade e evidenciamos hoje um aumento da expectativa de vida para 76,3 anos. Atualmente, o País tem uma população de 29,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, que equivale a 14,03% de toda população, segundo o IBGE (2018). 
Os avanços de tecnologia, condições de saúde, educação e bem-estar são uma realidade e evidenciamos hoje um aumento da expectativa de vida para 76,3 anos. Atualmente, o País tem uma população de 29,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, que equivale a 14,03% de toda população, segundo o IBGE (2018). 
O envelhecimento humano é um processo natural, contínuo e irreversível, que provoca transformações em um amplo espectro multidimensional com alterações físicas, mentais, sociais e espirituais. O psicanalista Erik Erikson mostra, em sua obra, que na velhice o indivíduo revê suas experiências anteriores, fazendo uma reflexão da vida, ampliando a visão sobre as pessoas e as vendo como são, com qualidades e defeitos, desenvolvendo a sabedoria e favorecendo a integridade. Mas também podem acontecer as dificuldades dessa integração, instalando-se o desespero, desprezo pelo outro e por si mesmo e o iminente medo da morte.
A antropóloga Guita Debert nos explica que, no contexto brasileiro, devemos levar em conta os conceitos colocados à velhice dentro da visão pessimista, das perdas e fragilidades, que serviu claro de parâmetro para que a sociedade pudesse observar e atender melhor às necessidades dos idosos, mas que criaram preconceitos e estereótipos. Agora as pesquisas também mostram o idoso como um ator político que dentro da sua própria singularidade pode atribuir significados positivos em sua existência e ter a velhice bem sucedida, que é marcada por suas experiências e papéis que foram adquiridos ao longo da vida. Todavia a autora esclarece que não devemos responsabilizar as pessoas pelas misérias que a velhice possa implicar, quando não se tem boas condições.
A história de vida e escolhas da pessoa idosa irá influenciar em uma velhice bem sucedida, ou seja, com qualidade de vida, autonomia, assegurados os direitos estabelecidos no estatuto do idoso de acesso a serviços de saúde, educação, cidadania, lazer e previdência social. Os hábitos saudáveis como adoção de práticas de exercícios físicos, cognitivos, vida social e o fortalecimento de vínculos serão decisivos para uma vida com mais capacidade funcional, independência e autonomia. 
No país com o envelhecimento da população em expansão surge uma necessidade dos serviços prepararem-se para atender as demandas dessa população, o que exige de toda sociedade e, em especial do Estado novos incentivos e esforços para proporcionar qualidade de vida a todos. Os profissionais da saúde precisam estar atentos às necessidades desse segmento populacional. Realizar um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar é o grande desafio a ser enfrentado.
Viver mais tempo e com melhores condições de vida deve ser o objetivo principal, e para tal temos que incentivar o debate e políticas públicas efetivas que atendam os anseios e necessidades desse público. Eles merecem respeito e uma vida digna. Para quem deseja ingressar na área e puder ajudar quem mais precisa, o Senac Passo Fundo está com inscrições abertas para o curso de Cuidador de Idoso, com as aulas iniciando no dia 4 de maio, no turno da noite. Faça o bem cuidando.
Docente do curso de Cuidador de Idoso do Senac Passo Fundo
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