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Opinião

- Publicada em 26 de Janeiro de 2021 às 03:00

Um tributo às vítimas do Holocausto

A transmissão da história é um mandamento na lei judaica. Por conta disso, a saga milenar do povo judeu em Israel e na diáspora foi preservada mesmo após perseguições, expulsões e massacres recorrentes. O dia 27 de janeiro de 1945 marca o dia da liberação do campo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau. Em 2005, a ONU instituiu nesta data o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto onde pessoas do mundo inteiro se engajam mostrando os dizeres "We Remember": nós lembramos.
A transmissão da história é um mandamento na lei judaica. Por conta disso, a saga milenar do povo judeu em Israel e na diáspora foi preservada mesmo após perseguições, expulsões e massacres recorrentes. O dia 27 de janeiro de 1945 marca o dia da liberação do campo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau. Em 2005, a ONU instituiu nesta data o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto onde pessoas do mundo inteiro se engajam mostrando os dizeres "We Remember": nós lembramos.
Sob o jugo da besta nazista milhões de judeus foram exterminados em escala industrial sem precedentes. Os líderes nazistas conseguiram criar uma potente máquina de propaganda de mentiras e pseudociência que incutiu ódio de forma exponencial e levou uma sociedade evoluída culturalmente e com uma das constituições mais avançadas da Europa a perpetrar a Shoá (Holocausto). Além dos judeus, o nazismo perseguiu e exterminou homossexuais, ciganos, negros, pessoas com deficiências, dissidentes políticos e outras minorias.
O principal objetivo de relembrar é evitar a recorrência. Fenômenos que deterioram as bases da democracia e tornam as sociedades atuais suscetíveis a repetição desses erros devem ser combatidos. Entre estes fenômenos observamos: o discurso de ódio e a demonização de minorias, a relativização de fatos e as fake news, as teorias de conspiração criando bodes expiatórios, o crescente negacionismo científico, a desumanização e a falta de empatia com pessoas em estado de fragilidade. O período de crise mundial catalisa esta deterioração que vem se tornando cada vez mais presente e exacerbada.
O maior tributo às vítimas da besta nazista é evitar que algo semelhante ocorra novamente. A democracia e a liberdade de expressão não podem se tornar um escudo para aqueles que as usurpam para propagar ódio e mentiras. Todas as ideologias e narrativas que geram uma atmosfera de sectarismo e desumanização devem ser refutadas de forma inequívoca. Apenas desta forma seremos capazes de tornar o Holocausto nunca mais, que altivamente bradamos todo ano, uma realidade perene.
Diretor da Federação Israelita do Rio Grande do Sul
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